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Saúde Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2013, 16:53 - A | A

Sexta-feira, 06 de Dezembro de 2013, 16h:53 - A | A

CPI encaminha prestação de contas ao Departamento Financeiro da Assembleia

Lucas Junot - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Acusada de gastos superfaturados, a Comissão Parlamentar de Inquérito do Hospital Universitário e Hospital Regional já encaminhou a prestação de contas para o Departamento Financeiro da Assembleia Legislativa. O presidente da comissão, deputado Amarildo Cruz, justifica que os R$ 350 mil foram gastos com pessoal, hospedagem, combustível, alimentação, material gráfico e materiais de expediente e ainda que os valores gastos pela CPI foram para investigar mais de R$ 4 bilhões gastos com a saúde em MS nos últimos cinco anos.

Conforme determina o regimento interno da Assembleia Legislativa, ao final da CPI o presidente da Comissão encaminha à Diretoria Financeira o relatório com a prestação de contas. Por ser competência exclusiva da Mesa Diretora, qualquer interpelação deverá ser encaminhada à mesma ou através do seu Presidente, deputado Jerson Domingos.

Ainda de acordo com as justificativas do parlamentar, com base na Lei Estadual 4.416 de 16 de outubro de 2013, que dispõe sobre o acesso à informação, a Casa de Leis disponibilizará as informações necessárias dos gastos realizados na Comissão Parlamentar de Inquérito e não o presidente da CPI no prazo de 20 dias.

Para Amarildo é necessário esclarecer que o documento pedindo informações do deputado estadual Marquinhos Trad sobre os gastos da CPI não foi encaminhado ao presidente da Comissão, mas à Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

Em nota, Amarildo ainda diz que “a CPI vem esclarecer que em momento algum integrantes da Comissão disseram à imprensa que foi pago R$ 70 mil com um consultor de São Paulo, como foi publicado indevidamente em alguns meios de comunicação”.

A nota também ressalta que a relação com todos os nomes dos assessores e respectivos gabinetes e partidos a que são ligados serão divulgados posteriormente, após a publicação da prestação de contas pela Mesa Diretora.

“A CPI não foi partidária e nunca teve esse objetivo. A relação com todos os assessores e seus respectivos partidos será divulgada. A CPI era composta por um deputado de oposição e quatro da base aliada do Governo”, complementa a nota.

De acordo com os apontamentos da CPI, “os cerca de R$ 350 mil gastos durante os seis meses da CPI já resultaram várias conquistas que representam muito além daquilo que foi gasto na investigação”. Pode-se destacar, entre elas:

Exoneração da Secretária Estadual de Saúde, Beatriz Dobaschi;

Exoneração de Ronaldo Persches da direção do Hospital Regional de Campo Grande;

Criação pelo Governo do Estado de uma Comissão para rever todos os contratos do Hospital Regional de Campo Grande;

Abertura do Pronto Atendimento Médico do Hospital Regional de Campo Grande;

Retomada da obra da Unidade de Pronto Atendimento do Bairro Moreninhas II, que devia ter sido inaugurada há mais de um ano;

Celebração de convênio do Governo do Estado com a Santa Casa de Campo Grande que prevê repasse à entidade de 84 parcelas mensais de R$ 750 mil;

Saída do médico Abalberto Siufi da direção do Hospital do Câncer de Campo Grande, que passou a ser administrado por Carlos Alberto Moraes Coimbra;

Saída do médico José Carlos Dorsa da direção do Hospital Universitário de Campo Grande, que passou a ser administrado por Cláudio Wanderlei Luz Saab;

Redução do valor de contratos na ordem de até 60% do Hospital Universitário de Campo Grande;

Aprovação do projeto que obriga a fixação, em local visível, da escala de profissionais que trabalham no plantão dos hospitais e postos de saúde;
 

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