Acusado de ter “exagerado” nos gastos com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, o deputado Amarildo Cruz (PT) defendeu-se na sessão desta terça-feira (10), dizendo que “não tem nada a esconder”, já que os R$ 350 mil declarados pagaram 19 técnicos e as viagens ao interior durante os seis meses de trabalho. O parlamentar resolveu “dar o troco” e requereu oficialmente nova prestação de contas da CPI da Enersul, realizada em 2007 e que teve como relator o deputado Marquinhos Trad (PMDB), quem, na semana passada, questionou os gastos com a CPI da Saúde.
“Não estou aqui para enganar ninguém dizendo que eu gastei R$ 11 mil”, afirmou Amarildo Cruz, completando que quem desconfia das contas prestadas é que tem de comprovar o suposto desvio de dinheiro. A CPI de Enersul custou R$ 11.275, conforme Trad destacou para “colocar em xeque” o montante gasto pela CPI da Saúde.
No requerimento, Amarildo Cruz pede o detalhamento das despesas da CPI da Enersul e quer saber se a prestação de contas foi devidamente publicada em Diário Oficial.
O deputado disse, ainda, que vai interpelar Marquinhos Trad judicialmente por declarações feitas à imprensa, insinuando que Cruz, presidente da CPI da Saúde, desviou recursos e contratou cosultor fantasma.
Já Marquinhos Trad disse que a prestação de contas da CPI da Enersul foi aprovada na época e que lembrava que o próprio Amarildo Cruz havia votado a favor do documento.
