As vendas de fertilizantes no Brasil atingiram 1,34 milhão de t no mês passado, um crescimento de 37% na comparação com dezembro de 2008, mas ainda uma queda acentuada em relação a janeiro do ano passado, quando somaram 1,8 milhão de t.
Em dezembro, as entregas de fertilizantes somaram 977 mil t.
O setor, fortemente afetado pela crise de crédito, do qual os agricultores têm grande dependência, registrou baixas vendas no final do ano passado com a crise, mas verificou um desempenho relativamente melhor em janeiro devido aos preços maiores das commodities agrícolas obtidos no período e a um câmbio favorável para a formação da cotação em real.
A queda nos preços do adubo também favoreceu as entregas.
"Não é uma tendência, estamos dentro da crise como de resto está todo o setor econômico... mas é um ponto interessante o que aconteceu em janeiro", disse o diretor-executivo da Associação Nacional para a Difusão de Adubos (Anda), Eduardo Daher.
"Soja a US$ 10 (por bushel em Chicago) em janeiro e um câmbio de R$ 2,32, ao contrário de R$ 1,65 verificado no ano passado, ajuda", acrescentou Daher, lembrando que os preços futuros em Chicago sofreram influência de problemas climáticos na Argentina e no Brasil.
Além disso, os preços de adubos tiveram queda, após apresentarem picos no ano passado, antes de serem abatidos pela crise.
Os preços de fertilizantes caíram 15% em janeiro, em relação a dezembro, de acordo com uma pesquisa citada em nota do Ministério da Agricultura esta semana.
Segundo Daher, em janeiro do ano passado o setor vivia uma euforia, registrando grandes antecipações de compras. Também por isso os números do mês passado estão mais baixos em relação a 2008. (Fonte: Inverti)
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