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Rural Quarta-feira, 07 de Janeiro de 2009, 14:33 - A | A

Quarta-feira, 07 de Janeiro de 2009, 14h:33 - A | A

Técnicas para captação de água nas propriedades rurais

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

Quando desejamos ou necessitamos captar água para qualquer atividade dentro de uma propriedade rural, podemos fazê-lo de duas maneiras: por gravidade ou por elevação. Também o transporte e a recepção da água podem ser feitas pelos mesmos métodos.

Sempre que for possível, no entanto, devemos empregar para essas operações a gravidade porque é mais barata, evitando investimentos de capital na aquisição e despesas com a operação e a manutenção de equipamentos, combustíveis, mão-de-obra, etc. Isso, naturalmente, só é possível quando a fonte de abastecimento estiver localizada a nível mais elevado do que o destino da água. Quando isso ocorre, basta "abrir" a água que ela virá deslizando por uma valeta, cano ou mangueira que a coleta no manancial.

Quando, no entanto, a fonte de abastecimento ficar localizada em nível mais baixo do que o nível para onde a água se destina, é preciso que a elevemos. Para isso, é necessário que empreguemos equipamentos e aparelhagens especiais para esse tipo de trabalho como, por exemplo, bombas hidráulicas movidas à eletricidade, gasolina, biogás, etc., bem como carneiros hidráulicos, moinhos-de-vento, rodas de água, etc. e cujas características e funcionamento daremos a seguir:

Bombas

Existe uma grande variedade de bombas, quanto ao seus modelos, tamanhos, capacidade, etc. Podem ser centrífugas ou de pistão. Os motores que as acionam podem ser elétricos ou movidos a combustíveis como gasolina, óleo diesel, álcool, gás engarrafado ou, o que é melhor ainda: biogás, que fica mais barato porque pode ser produzido no próprio imóvel, com o emprego de biodigestores, dos quais existem vários tipos e tamanhos, de acordo com a sua capacidade de produção desejada. Essas bombas são muito empregadas nos imóveis rurais, são de grande utilidade e, às vezes, indispensáveis para as atividades rurais.

Rodas de água

Quando tivermos no imóvel, uma queda de água, com um certo desnível, podemos empregar uma roda de água para acionar bombas de água. As rodas de água são de grande eficiência e baixo custo operacional. Existem rodas de água de muitos tamanhos, modelos e tipos. Destacam-se entre elas as grandes rodas de ferro ou madeira, muito usadas em moinhos, e as de caçambas de ferro, tipo "Pelton", etc. Elas podem ser instaladas para o aproveitamento das águas dos rios, córregos, ribeirões, valetas, canais, etc. e o mesmo de bicas ou canos.

Carneiros hidráulicos ou arietes

Muito simples, resistentes e de grande durabilidade, são aparelhos que trabalham sozinhos, isto é, a própria água a ser elevada, ao passar por eles, os faz funcionar, noite e dia sem parar e sem o auxílio de qualquer outra fonte de energia o que, embora desperdice uma parte da água que não é elevada, diminui muito os gastos ou custos operacionais.

Existem carneiros hidráulicos de vários tamanhos e sua capacidade de elevação depende da quantidade de água ou, melhor, do volume da sua vazão e da altura em que a água se encontra acima do carneiro hidráulico que a eleva a uma altura várias vezes superior à em que se encontra a fonte de abastecimento. Junto a cada carneiro hidráulico adquirido vem uma tabela de cálculos, pela qual podemos nos orientar.

Cata-ventos ou moinhos-de-vento

Embora exista uma grande variedade de modelos, tamanhos, tipos de construção, comprimento, tipo das pás, etc., para serem empregados de acordo com as necessidades e a região em que são instalados, os mais utilizados no Brasil, são os do tipo empregado nas salinas para bombear a água salgada para os tabuleiros de evaporação, para a produção de sal de cozinha, o Cloreto de Sódio, bem como outros produtos como, por exemplo, o gesso.

São muito eficientes, sendo formados por pás giratórias ligadas a engrenagens que, por sua vez, acionam um eixo ligado a uma bomba de água. Essa bomba pode ser de vários tipos, de acordo com o seu uso e as necessidades.

Como são impulsionados pelos ventos, esses moinhos dispensam os gastos com combustíveis ou eletricidade, o que faz baixar os custos de produção. A desvantagem que apresentam os moinhos-de-vento é que param quando não há ventos e que, por isso, só devem ser instalados em regiões em que eles sejam constante.(Com informações da Assessoria)

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