Para o presidente da Sociedade Nacional da Agricultura (SNA), Octavio Mello Alvarenga , a crise econômica financeira mundial não deve ser vista como uma ameaça à agricultura do Brasil. Segundo ele, é preciso conseguir compatibilizar o potencial de produção neste momento.
“Nós não temos nada a ver com a crise real da América do Norte”, disse ao recomendar que as análises da situação externa sejam feitas com cuidado. “Para que a gente, que não atolou, não enfie o pé no barro”.
Alvarenga acredita que as atividades de pecuária e agricultura podem coexistir pacificamente na Amazônia, levando para a região o desenvolvimento sustentável, desde que se haja com racionalidade. “Tem que aplicar técnicas modernas e tem que conhecer os seus limites. Isso é que o caboclo, de modo geral, tem. É a natureza do agronegócio que vai traçando limites para a gente” afirmou.
Assuntos como sustentabilidade no agronegócio, segurança alimentar, legislação agrária e inovação tecnológica para aumento da produtividade serão tratados a partir desta terça-feira (24), no 11º Congresso Brasileiro de Agribusiness, no Rio de Janeiro, promovido pela SNA.
A produção de alimentos orgânicos pela agricultura familiar também será destaque. De acordo com Alvarenga, serão discutidos os números da pesquisa realizada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Meio Ambiente, com um grupo de produtores do eixo Sul/Centro-Oeste.
A pesquisa mostra que cem por cento das propriedades adotam a rotação de culturas, adubação verde e plantio direto, 94% promovem análise de solo, 88% cultivam espécies vegetais e animais para abastecer a propriedade, 52% não usam adubos não químicos e quase 65% recorrem à integração lavoura-pecuária. (com informações do agência Brasil)
Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)