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2017 Segunda-feira, 01 de Janeiro de 2018, 12:30 - A | A

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Retrospectiva 2017

Caso Mayara: a música silenciada pelo feminicídio

Samira Ayub
Especial para o Capital News

Reprodução/Facebook

Mayara

Mayara atuava como musicista

retro2017

Jefferson Coppola/Revista Veja

Acusado de ter matado Mayara Amaral, baterista diz que “tinha bebido e cheirado

Acusado de ter matado Mayara Amaral, baterista diz que “tinha bebido e cheirado"

A jovem Mayara Amaral, 27 anos, era musicista, mas teve a carreira e os sonhos interrompidos na noite de 25 de julho, ao ser brutalmente morta a golpes de martelo por Luiz Albert Bastos Barros, de 29 anos, também músico. O corpo da jovem foi encontrado próximo a MS-080, na região do Inferninho, com perfurações no crânio e corpo parcialmente carbonizado.

 

Sem passagens pela polícia, Luiz Alberto foi preso em flagrante. Na casa do rapaz, foram apreendidas roupas da vítima, instrumentos musicais, computador, telefone, a CNH e outros objetos de Mayara. Na delegacia, o autor relatou que atraiu a vítima para um motel na saída para Rochedo, acompanhado pelo comparsa, Ronaldo da Silva Olmedo, conhecido como Cachorrão, de 33 anos. 

 

Homenagem de Sílvio Santana de Souza

Após o crime, Luiz Alberto e Ronaldo levaram o veículo de Mayara para a casa de Anderson Sanches Pereira de 31 anos. Na casa do terceiro envolvido, fizeram a divisão dos produtos roubados. Os três levaram o corpo da vítima para a região do Inferninho e atearam fogo na mata para dificultar a identificação e localização do corpo.

 

Violência contra a mulher

A violência contra a mulher continua fazendo vítimas na Capital e no interior do Estado. Em janeiro, um homem de 28 anos foi preso por ater agredido e esfaqueado a mulher, Marcela Leal Machado, 24 anos, em um assentamento no município de Rio Brilhante. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu antes de chegar ao hospital. 

 

Outra mulher, de 36 anos, denunciou ter sofrido agressões e recebido ameaças de morte por um jovem de 23 anos. O motivo: ela teria se negado a ter relações sexuais com o autor. O caso aconteceu no bairro Jardim Anache, em Campo Grande. A vítima fora golpeada por uma barra de ferro e teve dois dentes quebrados. Após a agressão, o autor teria ameaçado a vítima afirmando que, se ela denunciasse a mataria e colocaria fogo em sua residência, matando também seu filho. 

 

Ramona Regilene Silva de Jesus, 44 aos, foi morta na região sul de Campo Grande pelo marido, Genilson Silva de Jesus, 41 anos, com quem mantinha um relacionamento de sete  anos. Ramona foi morta a golpes de faca dentro de casa, e ferida, atravessou a rua me busca de socorro. Moradores tentaram correr atrás do agressor, que fugiu a pé para os fundos do bairro, onde fica uma área de mata. Revoltados com a cena que presenciaram, os moradores atearam fogo em uma Ford Courier, veículo que pertencia ao autor.

 

Em Dourados, a veterinária Pierina Maria D' Amico foi encontrada esquartejada, dentro da própria casa, no Parque Alvorada, em Dourados. Camilo Vinícius D' Amico Freitas, 33 anos, foi preso depois de confessar ter matado a mãe. Moradores acionaram a polícia após se depararem com uma mão na frente da casa. O filho sofre de esquizofrenia e foi encontrado nu em frente à residência.

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