Acervo pessoal
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Ela tem 19 anos e ele tem 52, Charles Scaramussa e Mariana Scaramussa são pai e filha, gerações opostas com um gosto peculiar em comum: o vinil. O chiado do disco, as faixas musicais, o jeito saudosista de ouvir o som conquistaram os dois nos detalhes.
Charles é Técnico em eletromecânica a história com os vinís começou na juventude, ele trabalhava como DJ na noite. Apaixonado por música, chegou a colecionar mais de 800 discos. Quando os CDs roubaram o espaço dos vinís, doou parte do acervo a amigos.
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Tem disco que hoje vale outros sequer dá para encontrar
Entre as coletâneas doadas estão as da banda Nazareth, Pink Floyd e também a coletânea completa do Roberto Carlos. “Ah! Me arrependo né? Tem disco que hoje vale outros sequer dá para encontrar”, frisou.
Atualmente, Carles conta com 102 discos de clássicos como Boney M da década de 70 a Hit Parede Five e Top Gun da década de 80, todos estão conservados. O primeiro vinil que o Charles adquiriu foi Revoluções por minuto do RPM, primeiro da banda, há 39 anos.
A rotina dele, todos os dias, é chegar em casa, escolher o disco e colocar para tocar, paixão que conquistou Mariana que, desde pequena acompanhou a paixão do Pai. A jovem é estudante e fala que deseja dar continuidade na paixão do Charles. “Ah com certeza, aqui tem discos raros, que pessoas da minha idade nem chegaram perto, com certeza vou guardar com muito carinho”, detalhou.
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Um relatório da Associação Americana da Indústria de Gravação revelou que, somente no ano passado, foram vendidos mais de 41 milhões de discos de vinil contra 33 milhões de CDs. Pela primeira vez, desde 1987, as vendas de discos em vinil ultrapassaram as de CD.
O empresário Bruno Soares é dono de duas livrarias no centro de Campo Grande, por causa da alta procura pelos discos resolveu investir. Segundo ele, atualmente os discos são o carro-chefe da loja em que ele trabalha. “De uns anos para cá cresceu muito a procura”, explica.
Já vendi vinil a 5 reais a mil reais
Ele fala que a maior parte das pessoas que procuram os discos são colecionadores, mas há pessoas como Charles que preservam o gosto pelo vinil. “Aqui na loja eu já vendi vinil a 5 reais a mil reais e que tudo depende do artista”, finalizou.
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