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Reportagem Especial Quarta-feira, 21 de Junho de 2023, 14:51 - A | A

Quarta-feira, 21 de Junho de 2023, 14h:51 - A | A

Reportagem Especial

O Inverno chegou com temperaturas acima da média em Mato Grosso do Sul, segundo a meteorologia

Veja como cuidar da saúde da pele nesta estação

Renata Silva
Especial para o Capital News

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de tempo chuvoso, frio, chuva, tempo, previsao

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Você gosta do inverno ou é do time de quem curte o Calorão? O inverno chegou e para quem gosta, pode dar boas vindas a ele e para quem é do contra, a boa notícia é que este ano ele promete ser menos gelado, com temperaturas acima da média em Mato Grosso Do Sul, segundo a meteorologia.

Mas isso não quer dizer que a estação não vai dar as caras, de acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS) as temperaturas estarão em quedas entre os meses de julho, agosto e setembro. Além da previsão de calor para a época, a estação também deve ser mais chuvosa, marcada pela transição de fenômenos: la niña pro el niño.

Esse fenômeno esta se fortalecendo no Brasil e ocorre quando as águas do pacífico, na costa do Peru, se aquecem demais, provocando modificações na circulação dos ventos e alterando a distribuição de umidade. Com isso, a tendência é de que o inverno, principalmente, na região sul do estado, tenha chuvas acima do normal.

Quem recebe a notícia com otimismo é a estudante Adriele Nunes Castro de 27 anos, ela sofre na pele as consequências dos dias gelados. Diagnosticada com Dermatite Atópica, um tipo de alergia crônica, que ocorre por uma deficiência de hidratação cutânea, nesta estação sente coceiras e descamação no corpo, ela fala que já chegou a ficar com a pele na carne viva.

A jovem não está sozinha, em Campo Grande são realizados em média mais de 700 atendimentos a pessoas com alergias na pele no período do inverno, segundo a Secretaria de Saúde do município. A Adrielle foi diagnosticada com a alergia aos os 15 anos de idade, de lá para cá os cuidados com a pele são redobrados.

A estudante conta que não está no período mais crítico, mas quando isso ocorre a pele fica muito machucada, ressecada e em alguns casos na "carne viva". Ela destaca que antes passava só creme para amenizar, agora até remédio está tomando.

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de tempo chuvoso, frio, chuva, tempo, previsao

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Para você ficar atento a essa estação do ano e os cuidados que precisa ter com a pele, o Capital News listou as principais doenças de pele agravadas nesse período e os cuidados que se deve ter.

1) Dermatite Atópica: Alergia crônica, bastante comum em crianças, ocorre por uma deficiência de hidratação cutânea. Ela causa coceiras e até lesões mais sérias, que podem formar crostas e soltar secreções. Como medida preventiva, deve-se evitar banho quente e uso de buchas e sabonetes nas áreas afetadas. Usar sabonete hidratante de pH neutro somente nas áreas íntimas e muito hidratante após o banho.

2) Dermatite Seborreica: Doença crônica causa caspa e oleosidade nos cabelos e couro cabeludo. Mesmo lavando o cabelo diariamente, sem um tratamento correto não haverá melhora clínica. O clima frio determina uma maior descamação do couro cabeludo, devido à maior renovação celular, o que leva à piora do quadro. Evite banhos quentes, que aumentam a oleosidade do couro cabeludo; evite alimentos ricos em açúcares e frituras, que também pioram a oleosidade capilar. Estresse e disfunções hormonais também podem causar o problema.

3) Eczema: Pode ser causada por fungos ou alergias, também é agravada durante a temporada mais fria pela diminuição do manto de proteção da pele. Apesar de não ser uma doença grave, ela gera muita coceira e pode causar manchas brancas pelo corpo, com aparência desagradável. Deve-se evitar coçar as lesões e adotar os cuidados mencionados acima. Se não houver melhora com o uso do hidratante, deve-se procurar o dermatologista, pois será necessário um tratamento específico.

4) Micose: Causada por fungos que encontram no calor úmido o ambiente ideal para seu desenvolvimento. Os primeiros sinais da micose são a coceira, as alterações na pele - pequenas bolhas de água, descamação, vermelhidão, fissuras e ardência. A higiene é o princípio fundamental tanto para prevenção como para cura das micoses. É importante que a pessoa opte por roupas e meias de algodão, além de deixar o sapato ventilar após o uso e, preferencialmente, não utilizar o mesmo par por dias seguidos. No caso do banho, além da alta temperatura ser prejudicial à pele, cria um ambiente umidificado na casa, que é propício para o aparecimento de microorganismos. Já o ato de não secar locais como o vão entre os dedos dos pés, a virilha, a região abaixo das mamas e outras dobras do corpo, deixa a pele exposta à umidade, que aliada ao calor, pode causar a micose.

5) Urticária Ao Frio: É uma forma relativamente comum de alergia, uma reação à exposição ao frio e ao vento, temperaturas baixas, contato ou imersão em água fria, contato com objetos frios ou ingestão de alimentos ou bebidas frias. Causa a erupção de vergões vermelhos na pele que podem ter o diâmetro de 5 mm ou mais, coçam bastante e geralmente têm borda pálida. O melhor tratamento é descobrir sua causa e evitar o contato com o agente alergênico. Antialérgicos deverão ser prescritos pelo dermatologista.

6) Eritema Pérnio: Ligado a má circulação sanguínea e que atinge as extremidades, como os dedos das mãos e pés, essa doença é uma inflamação avermelhada acompanhada de coceira e ardor cutâneo. As mãos são mais atingidas por estarem mais expostas, não só ao ar frio, mas também à água fria. O desconforto é muito grande e o tratamento deve ser iniciado o quanto antes. Como medida preventiva, além de não tomar banhos demorados, recomenda-se não esfregar muito o sabonete na pele durante o banho e nem usar buchas com muita frequência. É importante ainda evitar roupas de tecidos sintéticos ou lã diretamente na pele, pois isso estimula a coceira e agrava essas doenças. Proteja as extremidades do seu corpo e evite o contato e manuseio de água fria (para lavar roupa ou louças use água morna).

7) Rosácea: É uma doença crônica, mais comum em mulheres, após os 35 anos, que se manifesta inicialmente com uma vermelhidão nas bochechas. Com o tempo e sem tratamento pode evoluir para lesões acneiformes (espinhas) no rosto, em geral, na região central da face. Piora em extremos de temperaturas, tanto no frio quanto no calor, com a ingestão de bebidas alcoólicas, como vinho, e de alimentos picantes. Como medida preventiva, evite também produtos faciais e cosméticos irritantes; o uso de produtos tópicos muito gordurosos; massagens com esponjas ou esfoliantes no rosto; mudanças bruscas de temperatura (lembre-se de não tomar banho muito quente); o uso de secador de cabelo muito quente; vento forte; etc.

8) Psoríase: É caracterizada pela presença de placas avermelhadas com escamas grossas nos joelhos, cotovelos e no couro cabeludo. De causa genética, ela é uma doença crônica, mas que pode se agravar no inverno dependendo de alguns fatores ambientais, como o frio, banhos quentes, pouca hidratação e, principalmente pela falta de exposição ao sol. É preciso evitar as atitudes mencionadas anteriormente. A doença requer um tratamento específico.

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de clima, neblina, frio, frente fria, temperaturas baixas

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Dicas de cuidados com a pele durante o inverno
1) Não tomar banho muito quente e prolongado.
2) Evitar o uso de sabonetes nas pernas e braços, usando-o somente nas áreas íntimas, espalhando a espuma do sabonete no restante da pele;
3) Não usar buchas vegetais, esponjas, cremes ou sabonetes de banho com grânulos (com exceção das áreas de pele mais engrossada, como cotovelos, joelhos e pés);
4) Secar-se com toalhas felpudas, principalmente nas áreas de dobras do corpo (dedos, pés, virilhas e axilas) para evitar qualquer micose oportunista;
5) Aplicar um bom hidratante corporal com produtos à base de uréia, ácido lático, ácido hialurônico, óleos vegetais, vitaminas e anti-oxidantes.

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