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Reportagem Especial Domingo, 13 de Agosto de 2023, 13:43 - A | A

Domingo, 13 de Agosto de 2023, 13h:43 - A | A

Reportagem Especial

Aracy Balabanian e a relação com Mato Grosso do Sul

Amigos e conhecidos falam sobre a atriz que faleceu na última segunda-feira

Renata Silva
Especial para o Capital News

Marcelo Correa/TV Globo

Morre aos 83 anos, a atriz Aracy Balabanian

Aracy Balabanian

Quem foi Aracy para você?

Para muitos, uma mulher de personalidade, talentosa que deixou saudades e um legado para a cultura sul-mato-grossense, assim define principalmente os amigos e artistas que conviveram de perto com a artista. Conhecida por ser uma das maiores atrizes da televisão brasileira, a atriz faleceu na última segunda-feira (7) vítima de um câncer, mas nos deixou muita coisa.

Filha de imigrantes armênios, nascida em 1940 na Capital Morena, Aracy Balabanian viveu pouco tempo em Mato Grosso do Sul. Quando pequena, estudou no Colégio Oswaldo Cruz, um prédio que atualmente está em reforma e foi tombado pela prefeitura da capital, lá ela conheceu a dona Julieta Saad Pulchério, de 85 anos mais conhecida como Zula.

A idosa fez o primário com Aracy, ela fala do orgulho de ter sido conterrânea da artista e de ter convivido com ela. “Era uma menina muito bem cuidada, com muito carinho por todos. Ela era maravilhosa, tinha uma irmã que levava o lanche dela da tarde e essa irmã cuidava muito dela”, relembra.

A atriz foi para São paulo com a família aos 10 anos de idade, na capital paulista chegou a fazer faculdade de Ciências Sociais, pra atender a um desejo do pai, mas durou pouco tempo. Apaixonada pelas artes, decidiu seguir o sonho de ser atriz, e foi nessa escolha que ganhou reconhecimento e visibilidade.

Na rede globo de televisão a atriz conquistou o país com o papel de dona Armênia, da novela "Rainha da sucata", que tinha o sotaque do país de origem. No entanto, foi no programa humorístico "Sai de baixo", que ficou mais conhecida. Por lá ela ficou conhecida como Cassandra, uma socialite decadente.

No cinema, Aracy estreiou no documentário Caramujo flor, uma obra poética conduzida pelo cineasta também sul-mato-grossense Joel Pizzini. A obra é sobre o poeta Manoel de Barros, e resultou em uma amizade de mais 30 anos. Pizzini recorda que quando mostrou o texto para Aracy, ela delirou e não pensou duas vezes em participar do filme.

Ao todo foram 70 anos dedicados a profissão. Para homenagear a atriz, em Campo Grande, um teatro leva o nome dela, o local está em reforma com previsão de ser reaberto ainda esse ano.

Aracy

Aracy foi velada no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, o cerimonial contou com a presença de amigos famosos e fãs. Após o velório, o corpo foi cremado em cerimônia restrita a amigos e parentes, no Cemitério do Caju, informou a assessoria do Theatro.

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