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Política Quinta-feira, 29 de Junho de 2017, 09:00 - A | A

Quinta-feira, 29 de Junho de 2017, 09h:00 - A | A

Acessibilidade e Mobilidade

Vereadores discutem Acessibilidade e mobilidade em projeto Câmara Participativa no Horto Florestal

Reunião busca a criação do Sistema Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana a população

Flavia Andrade
Capital News

Nesta quarta-feira (28), a Casa de Leis realizou no Horto Florestal, o projeto Câmara Participativa, que teve como objetivo principal ouvir as demandas de quem depende dos recursos da acessibilidade para se locomover. Às discussões buscam a criação do Sistema Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana, a sessão contou com a participação de representantes de diversos setores.

Considerando o tema da sessão, a reunião ofereceu recurso de audiodescrição para deficientes visuais, feito por Cândida Abes, e contou também com os intérpretes de libras Gislaine Nunes e Marcelo Ramires, da Central de Interpretação de Libras da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul, para os deficientes auditivos.

CâmaraMunicipal/Bruno Ribeiro

Vereadores discutem Acessibilidade e mobilidade em projeto Câmara Participativa no Horto Florestal

Reunião busca a criação do Sistema Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana a população

“Mobilidade e acessibilidade não são uma coisa pontual, mas um conjunto de coisas. Se faltar um único item na acessibilidade, como a guia rebaixada, por exemplo, ou o transporte adaptado, você compromete toda a mobilidade da pessoa que tem mobilidade reduzida. A acessibilidade é para todo mundo e global. Temos caminhado muito em Campo Grande nessas questões, falando de acessibilidade estrutural, mas muito precisa se fazer.

 

Nossas políticas públicas estão sendo trabalhadas por demanda, agenda emergencial. A gente precisa desse Plano Municipal de Acessibilidade e Mobilidade Urbana”, defendeu  a presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Rosana Martinez.

 De acordo com a presidente da Codiped (Comissão dos Idosos, das Pessoas com Deficiência e da Acessibilidade) da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Mato Grosso do Sul, Rita de Cássia Luz, pontuou a necessidade de mais respeito a autonomia das pessoas com mobilidade reduzida. “Nós, pessoas com deficiência, temos que ter uma visibilidade maior perante a sociedade.

 

O respeito a autonomia e independência não é um favor, e precisamos nos atentar. Muitos não tem condição de usar um automóvel e fazem uso do ônibus coletivo, mas a dificuldade é muito grande. Temos que reivindicar e buscar nosso lugar na sociedade, pois somos pagadores de impostos e temos esses direitos. Nosso grito é para que nos vejam e percebam que podemos, sim, contribuir para a sociedade”, concluiu.

Segundo o vereador Eduardo Romero, nos últimos cinco anos, a Câmara Municipal tem avançado nas discussões e nas leis sobre o assunto. Porém, reconheceu que ainda há muito que conquistar. “Sabemos que há, ainda, muitas dificuldades: orçamentárias, culturais e políticas. O desafio para a sociedade é olhar para a pessoa com deficiência como uma pessoa normal, simples.

 

Quando discutimos mobilidade urbana, discutimos apenas o direito de ir e vir. Já avançamos bastante com legislações, mas ainda sonhamos com mais avanços. Talvez esse seja o evento mais emblemático desses cinco anos. É a primeira vez que sociedade civil, Executivo e Legislativo estão juntos, chamando atenção dos poderes e da sociedade. Queremos encontrar alternativas a curto, médio e longo prazo”, discursou.

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