Deurico Ramos/Capital News

A lista solicitada a Agetran, mostra que dos 490 alvarás concedidos pelo poder público, 15,5% estão concentradas nas mãos de dez pessoas
Um pedido de instauração de CPI do Taxi foi instaurado na terça-feira (11), na Câmara Municipal de Campo Grande. A partir de agora, a casa tem 48 horas para manifestar e formar a comissão, de acordo com o regimento interno.
No total, 19 vereadores assinaram o documento. A proposta foi protocolada pelo vereador Vinícius Siqueira (DEM), que pautou a denuncia com base em vários alvarás de permissão de exploração de serviços de taxi. Estes estariam concentrados com determinadas pessoas ou grupos familiares.
Foi solicitada pelo político, no começo do mês, junto à Agentran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), a listagem completa com os nomes de cada um dos permissários do serviço público.
Na lista constou que muitas permissões estão concentradas nas mãos de poucas pessoas. Dos 490 alvarás concedidos pelo poder público, 15,5% pertencem a dez pessoas. De acordo com o vereador, somente um destes detentores chega a possuir 29 permissões.
Depois de instaurada, a CPI vai investigar se as permissões foram corretamente destinadas e os motivos pelos quais as autorizações estão concentradas com determinadas pessoas ou grupos familiares.
A Comissão terá o prazo para funcionamento de 120 dias, conforme prevê o regimento interno da Casa.
Os vereadores que assinaram o documento a favor da CPI foram Willian Maksoud, Ademir Santana, Valdir Gomes, Dharleng Campos, Betinho, Odilon de Oliveira Junior, Júnior Longo, Papy, Enfermeira Cida, Otávio Trad, André Salineiro, Veterinário Francisco, Lucas de Lima, Antônio Cruz, Gilmar da Cruz, Cazuza, Eduardo Romero e Wilson Sami.