O ex-governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio dos Santos disse na tarde de hoje durante o lançamento da chapa de consenso do PT para o diretório estadual, em Campo Grande, que não trabalha com a hipótese do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, apoiar a candidatura de André Puccinelli (PMDB) à reeleição do Governo do Estado em 2010. “Não acredito nisso. O Lula é meu amigo pessoal e meu irmão. Tenho certeza que ele vai nos apoiar, ainda mais depois que tomar conhecimento das pesquisas de intenção de voto. Só o PT e Deus me tiram dessa disputa”, salienta.
De acordo com Zeca, o pleito de 2010 lembra o de 1998, quando ele concorreu pela primeira vez ao governo do estado e se elegeu. “São as mesmas dificuldades, várias articulações e ainda temos que enfrentar a máquina pública. Já estamos superando dois grandes desafios; o primeiro, unir o PT novamente e isso teve muito generosidade do senador Delcídio do Amaral; o segundo, são as conversas com os partidos. Já conversamos com o PTB, PC do B, PSL e PMN. São os pequenos que não verdade são grandes”, explica.
Conforme o ex-governador, uma das metas dessa campanha é resgatar a militância do PT em MS. “Temos que resgatar a militância. Mato Grosso do Sul vem recebendo muitos recursos federais e queremos mostrar a população que isso é dinheiro do PAC”, falou. Questionado sobre a possibilidade do juiz Odilon de Oliveira se candidatar ao cargo para o governo estadual em 2010, Zeca falou que é ele quem tem que decidir isso. “Será que o Odilon vai falar que também porque o filho dele trabalha com o Jérson Domingos na Assembléia Legislativa”, finaliza.
O senador Delcídio do Amaral afirma que não houve nenhuma conversa que partisse do presidente Lula sobre tentar formular uma aliança com o PMDB em Mato Grosso do Sul, mas também não confirma que o "diálogo" que faz com a cúpula nacional do partido passe pelo crifo do presidente. "Nós estamos conversando com o PT nacional". Após ser indagado por três vezes sobre as conclusões e sobre com quem exatamente eram esses diálogos (se o presidente Lula estava envolvido), Delcídio responde: "Estamos dialogando sempre. Nada que esteja sendo feito aqui deixa de passar também pelo PT nacional. As conversas são também com Berzoini [presidente nacional da sigla]".
Por Alessandro Perin e Marcelo Eduardo (www.capitalnews.com.br)
