O deputado estadual Paulo Corrêa (PT) informou nesta manhã de quarta-feira (2), durante sessão na Assembleia Legislativa, que presidirá uma comissão do Estado quando a presidenta Dilma Roussef será recebida pelo presidente Horario Cartes, no Paraguai, para tratar de assuntos referentes ao estreitamento político — a viagem ocorrerá na segunda semana de novembro. Outros deputados também integrarão a comissão, além do presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Eduardo Riedel.
Corrêa disse ainda que quer trazer o presidente do Paraguai até a Assembleia para debater questões de união política mais forte com Mato Grosso do Sul. “Pra ele passar o dia inteiro aqui conversando sobre várias questões”, ressaltou.
No que depende de suas intenções, o deputado já está preparando-se para o encontro. Nesta manhã, Corrêa falou de vários assuntos que fazem menção entre uma aliança política com o presidente do Paraguai.
Discorreu sobre colocar chips nos brincos já existentes nos bovinos do rebanho do Estado, para que estes não entrem ilegalmente nos outros países; contou que deveria existir um Sistema Único de Saúde Fronteira, que integrasse, formalmente, o Estado com o Paraguai e a Bolívia, pois os moradores de MS, assim como daqueles países, transitam entre as fronteiras atrás de especialistas (afirmou que sul-mato-grossenses também cruzam a fronteira atrás de ortopedistas, por exemplo); e defendeu uma rota bioceânica que passe pelo município de Porto Murtinho para chegar no porto de Iquique, no Chile, diminuindo em 750 km a distância até o porto que dá abertura competitiva ao Estado em levar seus produtos para o mercado asiático.
Para o deputado Amarildo Cruz (PT), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde, o governo federal deve ajudar o Estado nos custos que Mato Grosso do Sul tem com suas unidades hospitalares nas cidades fronteiriças de Corumbá e Ponta Porã; e Corrêa supôs que o dinheiro poderia vir da Usina Hidrelétrica de Itaipu, e que o SUS Fronteira é um projeto antigo, mas que não foi para frente.
Ainda durante a fala do deputado republicano, Laerte Tetila (PT) pediu a palavra para anunciar que os empresários de Dourados gostariam de utilizar o porto de Concepción, que funciona no rio Paraguai, pois este dá maior viabilidade econômica para seus produtos chegarem até o porto chileno.