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Política Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2020, 14:21 - A | A

Sexta-feira, 17 de Janeiro de 2020, 14h:21 - A | A

Demissão

Secretário especial da Cultura é exonerado após discurso comparado ao de ministro Nazista

O pronunciamento de Roberto Alvim causou revolta e resultou na sua demissão

Norton Soares
Capital News

Governo decide exonerar o secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, após discurso semelhante ao de ministro da propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels. A decisão foi divulgada na tarde desta sexta-feira (17).

"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional" Roberto Alvim

O pronunciamento polêmico que gerou a demissão foi publicado na noite de quinta-feira (16) pela Secretaria Especial da Cultura, do governo Bolsonaro, divulgando o Prêmio Nacional das Artes.

Diversas autoridades se manifestaram em redes sociais, pedindo a exoneração de Alvim, colocando a ação como imperdoável, dentre eles o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Em resposta, o ex-secretário declarou em rede social que a semelhança entre as falas foi apenas uma coincidência e que apenas membros da esquerda estavam atacando o seu discurso.

"A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica" Joseph Goebbels



Em nota, sobre o desligamento, divulgada pelo Palácio do Planalto, o Governo afirma que o pronunciamento infeliz tornou a permanência de Alvim insustentável. Declarando apoio a comunidade judaica brasileira e repudiando ideologias totalitárias e genocidas.

 

Confira os discursos na integra:

 

"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada" Roberto Alvim

"A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada" Jose Ph Goebbels

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