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Política Terça-feira, 18 de Junho de 2013, 17:05 - A | A

Terça-feira, 18 de Junho de 2013, 17h:05 - A | A

Reitora não pode permanecer no cargo diz vereadora

Samira Ayub - Capital News (www.capitalnews.com.br)

“É insustentável a permanência da reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul no cargo”, afirmou a vereadora Luiza Ribeiro (PPS), nesta terça-feira (18) durante sessão ordinária da Câmara de Vereadores.

Para Luiza que acompanhou as últimas oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, ficou evidenciado que houve um esquema para desarticular o serviço de radioterapia do Hospital Universitário (HU), com a manobra os atendimentos foram transferidos para o Hospital do Câncer Alfredo Abrão. A parlamentar não descarta a possibilidade da reitora da UFMS, Célia Maria Silva Correa Oliveira e do vice-reitor, João Ricardo Tognini, de conivência com as ações do ex-diretor José Carlos Dorsa, objetivando sustentar interesses econômicos de grupos de médicos, especialmente o médico oncologista, Adalberto Siufi.

“Além disso, ficou evidente que a Reitoria usa de pressões e até ameaças aos funcionários públicos lotados no HU, sendo certo, que inclusive a médica Regina Prestes sofreu ameaças graves”, enfatizou a vereadora.

A parlamentar observou que embora a reitora afirmasse que tomou providências para o afastamento de Dorsa na direção do HU, assim que soube das denúncias, somente no mês de maio foi publicada uma portaria que abre o processo administrativo para apurar as condutas do ex-diretor. “Muito depois que as notícias sobre os desvios de recursos e outros abusos de poder vieram à tona pela imprensa e depois da presença do Ministro da Saúde em Campo Grande”, destacou Luiza.

“Houve contradições nos depoimentos da reitora e dos demais técnicos ouvidos pela CPI. Sabemos que a eleição da reitora foi marcada por protestos dos acadêmicos e técnicos e que há ilegitimidade na gestão, por isso, entendemos que a comunidade acadêmica e que o Governo Federal através do Ministério da Educação devem ser manifestar no sentido de intervir na Reitoria da UFMS até que essas questões sejam definitivamente analisadas e sanadas”, afirmou a vereadora.

Segundo a parlamentar falta credibilidade no depoimento de Célia. “Ela não reúne confiabilidade para manter-se no cargo. Contrariando o próprio Ministério da Saúde, a Reitora permitiu que o HU interrompesse, novamente, os serviços de radioterapia, deixando pacientes sem atendimento, mesmo tendo autorização para funcionamento expedida pela Vigilância Sanitária e pela Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN”, disse Luiza.

Em 2012 quando foi reconduzida ao cargo de reitora, Célia Maria respondia a dezenas de processos de improbidade administrativa, na época, o MEC solicitou explicações sobre as irregularidades no processo de formação da lista tríplice e sobre as denúncias de irregularidades na administração. No Ministério Público Federal foram abertos mais de 20 inquéritos civis públicos contra a UFMS que vão desde nomeação irregular, acúmulo de cargos e concessão irregular de bolsas até fraude em pregões eletrônicos, desvio de verbas, superfaturamento e emissão de nota em nome da Universidade em favor de empresa terceirizada.

A vereadora Luiza Ribeiro acredita que os estudantes de Campo Grande, devem se movimentar no sentido de pedirem explicações e transparência na administração da UFMS que nos seus 11 campi atende mais de 15 mil alunos, com três mil técnicos e dois mil docentes e representa uma das mais importantes instituições de ensino superior do Centro-Oeste.
 

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Maria Almeida 18/06/2013

Parabéns, vereadora! A comunidade acadêmica está de ALMA LAVADA diante de seu pronunciamento.

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