Quarta-feira, 10 de Outubro de 2007, 10h:30 -
A
|
A
Projeto dará mais “vida” e mobilidade para Campo Grande
Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)
Depois de receber três missões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), o município de Campo Grande está apto para negociar o contrato de empréstimo de U$ 19.382.000,00 (cerca de R$ 39.905.600), metade dos recursos necessários para a execução do projeto Viva Campo Grande, que dá ênfase à mobilidade urbana e à revitalização do centro da cidade. Os outros U$ 19,3 milhões serão aplicados pela prefeitura.
O primeiro componente inclui o Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana, mais uma etapa da Via Morena, a Orla Morena, revitalização da avenida Júlio de Castilhos e do sistema semafórico e o segundo a Orla Ferroviária e o Plano Local das Zonas Especiais de Interesse Cultural do Centro (ZEIC´s Centro). “Estamos com grandes expectativas para realização desse projeto, pois sabemos que a nossa cidade vai ficar muito mais dinâmica e bonita, pronta, por exemplo, para receber grandes eventos internacionais, como a própria Copa do Mundo de 2014, já que somos candidatos a ser uma das sub-sedes”, destacou o prefeito Nelson Trad Filho.
Conforme a coordenadora da Unidade Executora de Projetos da Prefeitura Municipal de Campo Grande, Eliane Detoni, por se tratar de um banco internacional a liberação ainda depende da União, avalista do empréstimo. “O processo é bastante burocrático, cheio de prazos e exigências. Nossa parte, a do município, estará concluída até o final do ano. Daí em diante, depende de liberação do congresso”, comentou a arquiteta com expectativa de assinar os primeiros contratos em 2008.
Responsável pelo componente Mobilidade Urbana, o arquiteto Elídio Pinheiro falou sobre partes do projeto. Como as intervenções na avenida Júlio de Castilhos, que tem 7,6 quilômetros de extensão. Na via, uma das mais movimentadas da Capital, estão previstas readequação das faixas e alargamento da pista, criação de corredor de transporte coletivo, padronização das calçadas e dos pontos de ônibus, melhora na iluminação pública e na arborização. “Uma ciclovia será criada com rota alternativa à avenida Julio de Castilhos e o sistema de sinalização também será melhorado”, explicou Elídio.
Para o gerente da Bigolin da Júlio de Castilhos, Valdieri Ferreira da Silva, o maior problema da avenida é justamente o fato de ser muito estreita, o que a torna muito lenta. “Com o alargamento da via, até o movimento na loja vai melhorar. Hoje, os clientes reclamam de ter que usar a Júlio como único acesso. Muitos chegam a gastar 40 minutos para ir do centro até a loja. Com as mudanças, acredito que seria possível chegar em 15 minutos”, comentou.
A gerente de serviços da Tamakawy Centro Automotivo, Vera Lúcia Terra de Carvalho, é da mesma opinião em relação à pista e acredita que melhoras no sistema de drenagem também vão resolver os problemas de alagamento. Segundo Elídio Pinheiro, além das intervenções já citadas, quatro ruas vão ligar a Júlio de Castilhos à Via Morena. “As ruas Manoel Ferreira, Itatiaia, Brasil Central e Brasília terão acesso à Via Morena, dessa maneira vamos desafogar o fluxo e melhorar a mobilidade no sentido oeste/centro”, comentou o arquiteto.
Via Morena - Na Via Morena (Duque de Caxias), do trecho do Aeroporto Internacional de Campo Grande até a Júlio de Castilhos, obra já iniciada com recursos próprios, a pista está sendo ampliada dos atuais sete metros para 12,60 metros, passando de duas para três faixas de rolamento e estacionamento em cada sentido da via. O canteiro central também será ampliado, com vistas para futuro corredor exclusivo para ônibus, além da implantação de uma ciclovia com faixa de três metros de largura e o mínimo de interferência no fluxo veicular, implantação de projeto paisagístico e de arborização, melhorando a paisagem e ainda contribuindo com o micro-clima da região.
Outro importante componente do projeto é a revitalização do sistema semafórico, com a troca de 200 equipamentos e criação de uma central de monitoramento do fluxo, visando à sincronização dos semáforos. “Esse projeto inclui todo o centro expandido, ou seja, o chamado mini-anel: avenida Zahran, Mascarenhas de Moraes, Ernesto Geisel e rua Ceará. Temos ainda o Plano Diretor de Transporte, já em execução com recursos próprios. O objetivo do plano e realizar um diagnóstico da mobilidade da cidade e elaborar diretrizes para ações de curto, médio e longo prazo”, explicou Pinheiro. (Informações de Lilian Veron e Neila Godoi )