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Política Quinta-feira, 28 de Maio de 2009, 15:28 - A | A

Quinta-feira, 28 de Maio de 2009, 15h:28 - A | A

Produtor tem dificuldades à linha de crédito do BB, diz Moka

Alessandro Perin - Redação Capital News

O deputado federal Waldemir Moka (PMDB) disse hoje a revisão dos critérios do Banco do Brasil para facilitar o acesso do produtor rural às linhas de crédito disponíveis para as safras agrícolas brasileiras. Ele acredita que não adianta o governo federal anunciar crescimento de 43% no volume dos recursos para a safra 2009-2010 na comparação com a anterior, se o dinheiro dificilmente chega lá na ponta, na mão do produtor. “É preciso rever a classificação de risco das operações do crédito agrícola, sob pena de inviabilizar a produção”, pondera.

O parlamentar que representa Mato Grosso do Sul na Câmara Federal afirmou que dados da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) mostram que dos R$ 65 bilhões destinados à safra 2008-2009, apenas R$ 48 bilhões foram de fato aplicados. Para a próxima safra estão previstos R$ 93 bilhões. O deputado argumenta que o crédito disponível nas agências bancárias não atende à demanda do produtor.

“Muitas vezes o produtor tem a necessidade de tomar emprestados R$ 400 mil para garantir o plantio e a colheita, mas o Banco do Brasil só disponibiliza R$ 100 mil. Ou seja, ele terá que se desdobrar para conseguir os R$ 300 mil restantes. E tudo por conta da chamada classificação de risco, que é muito alta para o setor”, esclarece.
O deputado lembra que o número de agricultores atendidos pelas linhas de crédito oficial vem caindo nos últimos anos por conta da classificação de risco. “É evidente que o aumento das exigências afasta mais ainda o produtor do crédito oficial, o que o leva a desistir de produzir”, afirma.

Outro fator que preocupa os agricultores, segundo Moka, é o fato de o Brasil não saber se poderá contar com o dinheiro das multinacionais do setor, fortemente atingidas pela crise internacional. Moka diz que as tradings são responsáveis por 40% do financiamento da safra brasileira. Outros 30% são liberados pelos bancos oficiais. Os 30% restantes são bancados pelos próprios produtores.

 

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