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Política Terça-feira, 20 de Outubro de 2009, 15:08 - A | A

Terça-feira, 20 de Outubro de 2009, 15h:08 - A | A

Moka discutiu com Temer alianças entre PT e PMDB em MS

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O deputado federal Waldenir Moka (PMDB) esteve reunido na semana passada com o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer, em Brasília. Na ocasião, os dois discutiram os rumos políticos para 2010. O encontro reuniu cerca de 40 deputados federais da legenda, entre eles o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). A reunião demonstrou a capacidade de articulação do deputado sul-mato-grossense e soou como aviso ao Palácio do Planalto de que o PMDB de Mato Grosso do Sul não deve ser alijado dessas discussões.

O presidente da Câmara Federal afirmou que a reunião articulada por Moka serviu para tornar claras as negociações em torno da provável coligação com o PT em 2010. “Agradeço ao Moka e a todos que se dispuseram vir aqui. É uma demonstração de maturidade, de que o partido está unido e fazendo as coisas às claras, com alto grau de lealdade”, avaliou. Temer disse que é natural o PMDB anunciar apoio ao candidato do PT “por fazer parte do governo Lula no qual comanda seis ministérios”. O líder peemedebista esclareceu que a legenda decidiu sinalizar que rumo tomará em 2010 para não deixar suas bases sem direção, com cada qual falando uma língua.

Mas avisou que essa tendência não implica, necessariamente, que a aliança já esteja concretizada. “Temos um longo caminho a percorrer, uma vez que a definição sairá somente na convenção de junho”, argumentou Temer, responsável pelas conversas com o presidente Lula e com a ministra Dilma Roussef. Moka classificou de “esclarecedor” o encontro em sua casa e ouviu de Temer a garantia de que a aliança com o PT, se ocorrer de fato, levará em conta as peculiaridades regionais. “O Michel (Temer) deixou bem claro que o acordo será costurado levando-se em conta os problemas de cada Estado”, destacou. O deputado sul-mato-grossense lembra que uma possível união do PMDB com o PT na esfera federal não impedirá que o partido se alie regionalmente com outras legendas, como PSDB, DEM e PPS. “Eventual aliança para presidente não nos engessará em Mato Grosso do Sul, por exemplo”, explica.

A avaliação de Moka está baseada na Emenda Constitucional 52/2006, que acabou com a verticalização e deu autonomia aos partidos “para definir suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual ou municipal”. Temer informou que o Palácio do Planalto deverá trabalhar para reduzir as dificuldades regionais a fim de abrir espaço à ministra Dilma. A avaliação é que uma coligação apenas em nível nacional desobrigaria os peemedebistas nos Estados a dar apoio à petista. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o PMDB ficaria livre para dar palanque ao tucano presidenciável José Serra. Essa possibilidade tornaria o pacto nacional desastroso e inócuo para o PT, ainda mais se essa tendência se repetir em outros Estados, como Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Pará, Bahia e Espírito Santo.

Por Alessandro Perin (www.capitalnews.com.br)

 

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