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Política Terça-feira, 31 de Março de 2009, 15:04 - A | A

Terça-feira, 31 de Março de 2009, 15h:04 - A | A

Lula defende medidas para evitar que crise vire \"terremoto social e político\"

Da Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje (31), ao discursar na 2ª Cúpula América do Sul-Países Árabes, em Doha, capital do Catar, que os países das duas regiões devem propor na reunião do G20 (grupo dos países em desenvolvimento) medidas para evitar que a crise financeira resulte em um “terremoto social e político”.

“Em poucos dias, chefes de estado se reúnem em Londres para enfrentar uma crise econômica sem precedentes em muitas décadas. O mundo estará atento, sim, para saber se a América do Sul e os países árabes serão capazes de propor medidas que evitem que uma crise financeira se transforme em um terremoto social e político”, disse Lula, referindo-se à reunião do G20, quinta-feira (2), na capital britânica.

Também em referência às discussões do G20, o presidente afirmou que a regulação e transparência das operações financeiras devem servir de “bússola para os novos tempos” e que os organismos multilaterais precisam ser capazes de dinamizar o comércio mundial e reativar os investimentos.

Para ele, nenhum país conseguirá superar a crise com ações isoladas, sem solidariedade e espírito de cooperação. Lula ressaltou que as medidas de estímulo às economias não devem resultar em práticas protecionistas que, segundo ele, agravariam as turbulências da crise, provocando uma espécie de “efeito dominó, difícil de reverter”.

Lula defendeu a conclusão da Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio como instrumento que garanta aos países agrícolas pobres a possibilidade de fazer do comércio um motor de desenvolvimento.

De acordo com o presidente, uma reforma dos organismos internacionais é necessária para que se construa uma arquitetura global mais justa. “Apenas assim os países que mais contribuíram para a crise financeira, para a degradação do meio ambiente, para o desequilíbrio no comércio e para a insegurança coletiva assumirão suas responsabilidades, somente assim os países em desenvolvimento terão voz e representação adequadas.” (Fonte: Agência Brasil)
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