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Política Terça-feira, 01 de Março de 2011, 12:00 - A | A

Terça-feira, 01 de Março de 2011, 12h:00 - A | A

Familiares, políticos e amigos se despendem de Celina

Eduardo Penedo - Capital News (Capitalnews.com.br)

Em meio a uma chuva fina foi sepultado o corpo da ex-deputada estadual e conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS), Celina Jallad, no cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande. Pelo menos 300 pessoas acompanharam o enterro da conselheira. O enterro contou com a presença do governado André Puccinelli(PMDB), senadores e deputados e lideranças políticas femininas. O pai de Celina, o ex-governador Wilson Barbosa Martins ficou ao lado do corpo da filho o tempo todo.

Cânticos religiosos, orações e homenagens marcaram o enterro de Celina. Familiares do marido de Celina, Abdala Jallad, agradeceram o tempo de convivência com a ex-deputada estadual. “A Celina conviveu 43 anos com meu irmão. Ela não era só uma cunhada, as vezes se comportava como mãe.Eu agradeço a Campo Grande e a Mato Grosso do Sul pelo carinho”, desabafa.

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Foto: Deurico/Capital News

O corpo da ex-conselheira do TCE chegou ao cemitério, após o velório que começou às 19h30 de ontem. Ela morreu na madrugada de segunda-feira (28) no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sofrer um aneurisma abdominal. Celina estava internada desde domingo no hospital.

Na saída do corpo hoje pela manhã da Assembleia Legislativa, o coral de servidores da Casa cantou a música “Sonhos Guaranis”, numa última homenagem. O deputado estadual Jerson Domingo (PMDB), muito emocionado, ajudou a carregar o caixão, junto com os dragões da Polícia Militar, para o carro que levou o corpo para o cemitério. O presidente da Assembleia afirmou que considerava Celina como “uma irmã”.

Segundo o do cerimonial da Assembleia Legislativa, passaram pelo velório de Celina mais de 2 mil pessoas. Entre eles muitas lideranças políticas fizeram homenagens a conselheira.

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Foto: Deurico/Capital News

Para os deputados federais, senadores e colegas de Celina no TCE Celina deixa saudades.

Com lagrimas nos olhos, o governador André Puccinelli (PMDB) disse bastante emocionado que Celina era uma amiga e companheira, que prestou muitos serviços ao Estado. “Sem sombra de dúvida, vai ser lembrada por tudo o que fez. Sua aprovação é demonstrada pela quantidade de amigos que estão aqui”, disse André.

O presidente do TCE/MS (Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul), conselheiro Cícero de Souza, ressaltou que "quando se perde algo precioso a gente tenta substituir com algo precioso, no caso de Celina é muito díficil". Ele também destacou que em tão pouco tempo Celina Jallad já tinha conquistado a todos no tribunal. "Deus saberá, com o tempo, trazer conforto para podermos conviver sem a sua presença".

Para o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, a ex-deputada estadual esteve presente em um momento muito importante. “Quando fui escolhido como candidato à prefeitura de Campo Grande pela primeira vez [no ano de 2004], eu estava de frente com ela, que me disse. ‘A partir de agora, vamos caminhar juntos’. É uma perda muito grande, todos iremos sentir a falta que ela fará”, destacou Nelsinho.

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul (TJ-MS) confidenciou que Celina era "era uma líder política, pensava nos interesses do Estado”

"Ela era uma pessoa muito amiga, conselheira e leal, firme na política, ética, solícita, sorridente, sempre com uma palavra de conforto", lembrou o deputado federal Geraldo Resende (PMDB).

"Vou sentir muito a sua falta, uma mulher de papel importante na política", foram as palavras do senador Delcídio do Amaral (PT). O parlamentar falou ainda da perda de uma representanre digna, que tinha um espírito público, forte, e que defendeu o povo sul-mato-grossense como ninguém.

Já o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), colega de Celina por quatro anos na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, lembrou da conciliadora que ela sempre foi na Casa de Leis. "Ela era uma mãezona, meu sentimento é de respeito, carinho e de saudade", afirmou.

Para o deputado federal Waldemir Moka (PMDB), que conhece Celina desde a infância, foi fácil e ao mesmo tempo difícil descrever a sensação deste momento tão triste. "Celina era uma mulher guerreira e deixa um legado para o Estado, ela era vibrante, forte na política e em tudo que realizava", destacou. O deputado lamentou a morte dela, acrescentando que "Celina tinha uma contribuição muito grande para dar ao Tribunal de Contas do Estado".

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Foto: Deurico/Capital News

Biografia - Celina Jallad faleceu na madrugada de ontem, aos 64 anos, no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde estava internada devido a aneurisma da aorta dissecante que sofreu ontem.

Celina era professora e empresária, filha do ex-governador Wilson Barbosa Martins e Nelly Martins. Ela era casada com o desembargador do Tribunal Regional do Trabalho, Abdalla Jallad, há 43 anos. Celina lutava contra o câncer de mama desde 2009.

Celina desbravou a importância feminina na política de Mato Grosso do Sul. Ela foi a primeira mulher a presidir o diretório municipal do PMDB, apontado como um dos partidos mais tradicionais no Estado.

Em 1995, com 20,5 mil votos, Celina se elegia pela primeira vez deputada estadual e, além disso, era a primeira parlamentar do Estado e a única mulher entre os deputados naquela eleição.

No mesmo ano, outra conquista marcante. Foi a primeira mulher a presidir a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação), a comissão mais importante da Assembleia Legislativa.

Em 1997, foi eleita vice-presidente da Casa, primeira mulher a ocupar tal cargo.

Antes de enumerar estes feitos, a vida pública de Jallad começou ainda na gestão do pai. Entre 1983 a 1986, foi diretora executiva do PRONAV, na gestão Wilson.

Entre 1987 e 1989, ocupou a secretaria de Ação Comunitária, na época, nomeada pelo governador Marcelo Miranda.

Foi secretária municipal de Bem-Estar, entre 1990 a 1993, durante a administração de Juvêncio César da Fonseca.

Após presidir o diretório peemedebista, ser eleita deputada estadual e presidir a CCJR, criou, em 1996, a Fundação da Mulher sul-mato-grossense. Em 1998, passou a ser vice-presidente do diretório estadual do PMDB, função que foi prorrogada até 2001.

Foi reeleita deputada estadual, com 23,6 mil votos, mandato cumprido entre 1999 a 2002. Nesse período, só no ano de 2001, foi eleita líder da bancada do PMDB, nomeada presidente da Comissão Provisória do PMDB-Mulher de MS e, por meio da resolução001/2001, fundou o Fórum Permanente da Mulher de MS.

Na eleição de 2002, Celina chegava ao terceiro mandato consecutivo como deputada estadual, reeleita com 15,2 mil votos, mandato cumprido de 2003 a 2006.
Em 2003, foi a 3ª vice-presidente da Mesa Diretora, tomou posse como presidente do PMDB-Mulher Estadual, passou a fazer parte do Conselho Fiscal da UNALE (União Nacional dos Legislativos), participou da criação do “Comitê Suprapartidário de Mulheres de MS”, em que, no ano de 2005, assumiria a presidência.

Em 2006, foi eleita 3ª vice-presidente da UNALE. No mesmo ano, disputou sua quarta eleição para deputada estadual e obteve 19,7 mil votos, ficando na primeira suplência.
No ano seguinte, tomou posse na Assembleia Legislativa para seu quarto mandato. Ainda em 2007, foi indicada como tesoureira da Executiva Estadual do PMDB e também como 1ª representante do Estado na UNALE, além de ocupar o cargo de vice-presidente do PMDB-Mulher Nacional.

Entre 2009 e 2010, ocupou o cargo efetivo de deputada estadual em função da eleição de Ari Artuzi à prefeitura de Dourados.
Em 30 de novembro do ano passado, foi empossada como primeira conselheira do TCE/MS.

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Foto: Deurico/Arquivo Capital News


Por Eduardo Penedo - Capital News  (Capitalnews.com.br) 

 

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