Presidente do Colegiado de Eficiência Energética, o deputado estadual Paulo Corrêa (PR), ocupou a tribuna, no grande expediente da sessão ordinária desta terça-feira, para defender a execução do projeto. O investimento previsto para este ano em Mato Grosso do Sul será de R$ 14,348 milhões. Ele anunciou, ainda, a permanência do call center da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul (Enersul) no Estado, com 110 trabalhadores.
Segundo Corrêa, os 0,5% destinados ao Programa de Eficiência Energética garantirá o investimento de R$ 6,9 milhões em projetos voltados para a população de baixa renda, com consumo de até 200 quilowatts por mês. Também contempla o poder público (R$ 1,2 milhão), comércio e serviços (R$ 2,8 milhões), indústria (R$ 1,8 milhão), entre outros.
A população de baixa renda é contemplada com a substituição das geladeiras velhas por novas, que consomem menos energia elétrica. Além disto, a concessionária recolher os eletrodomésticos velhos e os encaminha para reciclagem. "Não é jogado no lixo, de forma que ajuda o meio ambiente", destacou o parlamentar, que também é presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Corrêa destacou a importância do projeto, que teve o orçamento deste ano aprovado no ano passado pelo colegiado instituído por meio de resolução do presidente do legislativo, deputado estadual Jerson Domingos (PMDB). Ele disse que estranhou as críticas de que a troca de geladeiras não passa de "programa eleitoreiro".
O parlamentar ainda anunciou que o call center da Enersul permanecerá em Mato Grosso do Sul. A informação pôs fim aos boatos, que vinham preocupando os deputados, de que a unidade seria transferida para São Paulo. Serão 110 postos de trabalho. Os investimentos na obra física do call center somam R$ 1,4 milhão.
Autor da crítica de se tratar de programa eleitoreiro, Marquinhos Trad (PMDB) afirmou que estranha o fato do projeto contempla apenas os moradores de alguns municípios. Citou que 80% dos beneficiados com a troca de geladeiras são de Campo Grande. O programa não contempla grandes cidades do Estado, como Dourados e Corumbá. "Por que não inclui estas cidades, se todos pagam 0,25%", comentou.
Paulo Duarte (PT), que havia denunciado a transferência do call center, destacou que os trabalhos da CPI da Enersul continuam produzindo frutos. No próximo mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá anunciar redução de 9% no preço da energia paga por 710 mil consumidores de 73 municípios sul-mato-grossenses.
