Os deputados que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde em Mato Grosso do Sul convocaram a secretária Estadual de Saúde, Beatriz Figueiredo Dobashi, para depor na próxima reunião do grupo de trabalho, segunda-feira (17), a partir das 15 horas, no Plenarinho Nelito Câmara. “Queremos ouvir a Beatriz Dobashi pois ela poderá informar com clareza como estão sendo feitos os repasses do SUS aos 11 municípios investigados pela CPI”, explicou o presidente do grupo de trabalho, deputado Amarildo Cruz (PT).
Segundo ele, foram solicitadas informações à Secretaria Estadual de Saúde e aos gestores de saúde e prefeitos, que terão 8 dias para entregar os documentos referentes aos convênios e repasses dos anos de 2012 e 2011. As informações referentes aos outros 3 anos devem ser entregues em 7 dias, totalizando 15 dias para o fornecimentos dos dados.
Dobashi será a segunda depoente à comissão. Na última segunda-feira (10), o grupo de trabalho ouviu o presidente da Santa Casa de Campo Grande, Wilson Teslenco. A CPI também solicitou cópias de todos os documentos apresentados por ele durante a oitiva. Teslenco informou que a dívida da entidade era de R$ 47 milhões antes da intervenção e hoje chega a mais de R$ 160 milhões. Segundo ele, somente no último ano, foram R$ 80 milhões em dívidas contraídas pela junta interventora.
A CPI está investigando o repasse de recursos do SUS para unidades hospitalares de Campo Grande, Corumbá, Paranaíba, Dourados, Três Lagoas, Jardim, Coxim, Aquidauana, Nova Andradina, Ponta Porã e Naviraí. As apurações serão realizadas durante 120 dias, podendo ser prorrogadas por mais dois meses. Para ajudar no trabalho de investigação, os deputados decidiram criar um e-mail ([email protected]) para receber denúncias de irregularidades nas unidades hospitalares. A CPI é composta pelos deputados Amarildo Cruz (PT) - presidente, Lauro Davi (PSB) - vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) - relator, Maurício Picarelli (PMDB) - vice-relator e Onevan de Matos (PSDB).
