A solicitação de autorização para processo investigativo contra o governador André Puccinelli (PMDB) enviado pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça) foi lida hoje na Assembleia Legislativa e começa a tramitar na casa. O conjunto de documentos segue para a CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação). O deputado Ary Rigo foi quem leu a documentação. Os documentos estão em duas caixas que chegaram na quinta-feira.
Existe a possibilidade de a votação ser em sessão secreta – a portas fechadas, sem microfones e sem gravações, tendo apenas os deputados presentes. Todavia, o presidente da Casa acredita ser “difícil” isso ocorrer.
Na passagem pela CCJR, ainda, os membros escolhem um relator. André será comunicado e terá prazo para responder às indagações a ele feitas. A Comissão pode pedir depoimentos e recolher provas.
As indagações seriam sobre obras na área do Papa (no bairro Santo Amaro) e a venda da Águas Guariroba, concessionária da rede de água e esgoto da Capital, na época em que era prefeito.
O pedido entrou como de urgência. Os quatro petistas (única bancada de oposição entre os 24 deputados) já informaram que não aceitarão a decisão.
A bancada do PT já anunciou que não vai aceitar votação em regime de urgência. “O que nós queremos é que o regimento seja seguido a risca. E nós vamos cobrar”, diz Pedro Kemp.
Jerson Domingos (PMDB), presidente da Casa, diz não querer “antecipar nada”. “É uma questão jurídica, mas, temos até o dia 17 [último de sessão] para votar. Agora, está parar apreciação da Comissão.”
São necessários dois terços dos 24 deputados, ou seja, 18 parlamentares, votando a favor para que o processo possa ocorrer.
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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