O deputado estadual Alcides Bernal (PP) considerou como “conversa fiada” as negativas do prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, sobre as investidas do PMDB em tentar minar a candidatura do parlamentar à Prefeitura da Capital em 2012.
“Conversa fiada faz quem ameaça demitir secretários por incompetência e nada faz, aplica o aumento exorbitante no IPTU e diz que apenas cobrou a inflação”, comentou Bernal, via sua assessoria de imprensa. Em junho, Nelsinho ameaçou demitir todo o secretariado municipal porque não estava satisfeito com suas atuações. Ele fez todos secretários assinarem cartas de demissões, mas, por fim, decidiu mantê-los em suas posições.
Bernal contesta as afirmações do peemedebista Nelsinho de que não seriam verídicas as tentativas do correligionário governador André Puccinelli junto à direção nacional do PP parar trocar a possibilidade de ter um prefeito pela de um deputado federal [confira detalhes, clicando aqui, ou acessando as notícias relacionadas].
Conforme nota enviada pela assessoria do deputado, Bernal considera o pleito para prefeito da Capital difícil, pois deve “enfrentar a máquina dos governos municipal e estadual”.
Segundo Bernal, a população da cidade está cheia “de aumento de impostos, demora na entrega obras, sinalização de ruas horizontal e vertical deficientes, transporte coletivo insuficiente e saúde pública precária”, segundo a nota.
Caso
Na terça-feira (22), durante intervalos na sessão da Assembleia Legislativa, Bernal disse à imprensa que o governador André Puccinelli foi a Brasília dialogar com a cúpula nacional do PP, partido do parlamentar para propor acordo visando apoio da legenda para o indicado pelo PMDB às eleições majoritárias no ano que vem.
O parlamentar utilizou o termo “cooptar” para definir a busca de apoio.
Segundo Bernal, André teria dito que o PP receberia um deputado federal novo em seu quadro. André, segundo Bernal, teria dito à direção nacional do PP que, com a vaga de Edson Giroto – possível candidato do PMDB à Prefeitura – na Câmara Federal aberta se ele fosse eleito prefeito, a cadeira sobraria para o suplente. Mas, Akira Otsubo – também peemedebista – lançaria candidatura a prefeito de Três Lagoas. Sendo assim, a vaga ficaria para o terceiro suplente, o também ex-deputado estadual Sérgio Assis. Assis deixaria o PSB e se filiaria ao PP.
Na sexta-feira (25), durante ato público na Santa Casa de Campo Grande, Nelsinho falou sobre o caso e disse que foi ele quem colocou Bernal no PP e que o parlamentar não estaria sendo justo se não apoiasse candidato do PMDB.
“Pergunta para ele quem o levou para o PP. Fui eu que levei ele para o PP. Ele estava perdido que nem cachorro que cai da mudança. Fui eu que peguei na mão dele e disse vai para o PP, Bernal. Não tenho nada contra ele. O respeito. Acho ele um excelente parlamentar [já o viu atuando como vereador da Capital, cargo que ocupa antes de ser eleito para vaga na Assembleia Legislativa]. Mas, ele tem que lembrar das coisas para poder ser justo”, afirmou Nelsinho.
