O prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, destacou, durante encontro realizado na tarde desta segunda-feira (14), para avaliar os prejuízos da chuva, na Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul (Assomasul), que, para conseguir recursos através de emendas e outros programas é necessário muito esforço.
“Temos que nos esforçar para poder falar para o município que conseguimos. Em conseguir e fazer realizar existe um longo caminho. Eu peço para a bancada federal não deixar o governo federal cortar os recursos que já estavam previamente liberados. Não podemos perder o que já conquistamos”, diz o prefeito.
A bancada federal de Mato Grosso do Sul, está reunida com os prefeitos das cidades mais afetadas pelas chuvas para discutir os números dos prejuízos.
A senadora Marisa Serrano (DEM) diz que vai colocar em pauta tudo o que o prefeito reivindicar. “Eu vou colocar como pauta para defender em Brasília. O governo federal está sinalizando para o País que as coisas não estão bem, e se as coisas não estão bem é preciso ficar com os pés atrás”, analisa Marisa.
O senador Waldemir Moka (PMDB) afirma que em época de “vacas magras” do País, o recurso vai para onde tiver uma bancada federal que se faça mais pressão. “Onde o arrocho for maior. Eu tomei o cuidado de falar para o ministro da integração que o recurso do ano passado não vai resolver o problema desse ano. Não pode confundir as coisas, liberar a verba que estava parada o ano passado agora, cada caso é um caso”, destaca Moka.
O governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, diz que é necessário planejamento e organização para reparar os danos da catástrofe “Se não for planejada perde-se tempo, energia e não chegamos a lugar nenhum. É necessário fazer um bom embasamento no decreto de homologação de calamidade pública”, diz Puccinelli.
Ainda conforme André, para os prefeitos que ainda não homologaram calamidade pública, o coronel Ociel está a disposição para viabilizar a oportunidade aos prefeitos. “Para quem não o fez, que procure o Ociel para que a cidade comece a receber ajuda.
Dividimos em três os problemas da chuva: os desabrigados, estradas e pontes e os produtores rurais. As quatro cidades que já decretaram estado de calamidade pública já receberam ajuda. Na pauta do ministro foi colocado somente as estradas já reconhecidas, estradas projetadas não entraram na pauta, porém, também sofreram danos”, informa o governador.
Existem mais de 890 famílias desabrigadas que moram nas beiras do rio e precisam ser retiradas urgentemente, pois todo ano é a mesma coisa. “Para finalizar vamos penar um ano, não tem mais ou menos prejudicados em termos percentuais. Se não puderem dar os 100% que precisamos, que dêem proporcionalmente aos danos do município”, diz André.
Por volta das 16h o relator do projeto que altera o Código Florestal, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP) chegou para fazer parte da reunião na Assomasul. Puccinelli falou para Rebelo que não deixe criar emendas no projeto do Código Florestal. “Seu projeto está perfeito, e se precisar de um governador para defender, pode contar comigo”, finalizou André ao ressaltar que não estará presente na abertura oficial da Expogrande marcada para a noite desta segunda-feira.