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Política Quinta-feira, 22 de Setembro de 2011, 12:47 - A | A

Quinta-feira, 22 de Setembro de 2011, 12h:47 - A | A

Acrissul pede apoio contra interdição de parque; mudança na Lei do Silêncio pode voltar à tona

Valdelice Bonifácio e Wendell Reis - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) Chico Maia usou a tribuna da Câmara de Campo Grande em busca de apoio para reabrir o Parque de Exposições Laucídio Coelho que foi interditado pela prefeitura na segunda-feira, dia 19.

Maia mencionou a importância do Parque que todos os anos sedia a tradicional feira agropecuária, Expogrande.

A interdição se deu pelo fato de que a Acrissul não teria cumprido a cláusula do Termo de Ajustamento de Conduta feito em abril deste ano, que exigia o licenciamento ambiental do Parque.

Os parlamentares devem marcar reunião com o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) para discutir o assunto, segundo informação do vereador Airton Saraiva (DEM) integrante da base aliada ao prefeito.

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Airton Saraiva informa que vereadores devem se reunir com prefeito para discutir interdição
Foto: Deurico/Capital News

Maia argumentou que a interdição no local foi injustificada por que a Acrissul já havia entregue à prefeitura o plano para implementar mudanças no Parque e obter o licenciamento.

Contudo, Maia esclareceu que o Parque tem 180 mil metros quadrados e que, por isso, não há possibilidade de se fazer um plano acústico para toda a extensão.

“Não tem como fazer as festas sem música”, explicou. Para obter o licenciamento, o Parque precisa ter um sistema de acústica que impeça que o barulho incomode a vizinhança da região.

Maia reclamou que, diferente da Acrissul, eventos realizados em outros locais não são alvo das mesmas exigências.

“A Feira Central realiza shows e não tem licenças (...) O governo está construindo o Aquário do Pantanal no Parque das Nações e não tem licença”, atacou.

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  Maia já havia entregue plano para obter licenciamento e diz que interdição é injustificável
Foto: Deurico/Capital News

Lei do Silêncio

Conforme o vereador Paulo Pedra (PDT), os parlamentares poderão tentar reeditar o projeto que fazia mudanças na Lei do Silêncio, como forma de liberar as festas no Parque.

O projeto que foi aprovado neste ano incluía a Expogrande nos eventos considerados exceção à Lei do Silêncio, ou seja, permitindo barulho acima do permitido pelas regras.

Mas, o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) vetou a matéria. Ele considerou que apenas mudar a lei não surtiria o efeito necessário para manter a Expogrande porque de qualquer forma, o Parque precisaria obter a licença ambiental.

Além de tentar reeditar o projeto, a Câmara, conforme Pedra, pretende marcar uma nova audiência pública para debater mudanças na Lei do Silêncio.

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Vereador Paulo Pedra fala em reeditar projeto que propunha alterações na Lei do Silêncio
Foto: Deurico/Capital News

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