Na manhã deste domingo (21), manifestantes ocuparam o cruzamento da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena, no centro de Campo Grande, em ato contra a PEC da Blindagem e a proposta de anistia a condenados por tentativa de golpe de Estado. A mobilização fez parte de um movimento nacional com atos em 22 capitais e em pelo menos 30 cidades brasileiras.
O protesto começou de forma tímida, com poucos participantes, mas ao longo da manhã chegou a reunir cerca de 150 pessoas. Os presentes exibiram faixas e cartazes com frases como “Congresso inimigo do povo” e “Sem anistia”, além de uma bandeira gigante com a palavra “democracia”. Buzinaços e fogos de artifício marcaram o ritmo do ato.
Entre os grupos organizados estavam a União da Juventude Rebelião, o Partido Comunista Revolucionário (PCR) e a Unidade Popular pelo Socialismo (UP). Também havia militantes com camisetas com o slogan “Viva a imprensa popular!”.
Mobilização nacional
Os protestos foram convocados por centrais sindicais, movimentos populares e entidades da sociedade civil. A principal crítica é à PEC da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados em regime de urgência. O texto prevê que ações penais contra parlamentares só possam ser abertas com autorização da maioria absoluta do Senado ou da Câmara, em um prazo máximo de 90 dias após o envio da solicitação pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Aliados defendem a proposta como um mecanismo para resguardar prerrogativas parlamentares estabelecidas pela Constituição de 1988. Já os críticos apelidaram o texto de “PEC da Bandidagem”, argumentando que ele cria obstáculos às investigações. A matéria agora será analisada pelo Senado, onde já enfrenta resistência.
Outros municípios
Além da capital, o Mato Grosso do Sul registrou manifestações em outras cidades. Em Corumbá, o ato ocorreu às 15h, no cruzamento da Rua 13 de Junho com a Rua Frei Mariano. Já em Dourados, a mobilização foi realizada às 9h, na Feira Central, localizada na Rua Cafelândia, 490.