Entre 2015 e 2025, Mato Grosso do Sul registrou 230 ocorrências aéreas envolvendo aeronaves da aviação civil, conforme levantamento do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer). Esse total inclui 112 incidentes, 77 acidentes e 41 incidentes graves, com 17 ocorrências fatais, resultando em 24 mortes. O mais recente, que vitimou o médico e pecuarista Ramiro Pereira de Matos, de 67 anos, ainda não foi contabilizado.
No setor aéreo, as categorias de "acidente", "incidente" e "incidente grave" têm definições específicas. O acidente envolve ocorrências com morte, lesões graves ou danos significativos à aeronave, enquanto incidentes são situações que afetam a segurança do voo, mas não resultam em vítimas. Já o incidente grave envolve riscos elevados, mesmo sem vítimas ou danos relevantes. A diferença entre esses termos está nos impactos finais de cada ocorrência.
As causas mais comuns de acidentes no estado incluem perda de controle em voo, falhas de motor e excursões de pista. No caso dos incidentes, as falhas de sistemas, colisões com aves e problemas no solo foram os principais fatores. Em termos de fatores humanos, 46,3% dos acidentes tiveram desempenho técnico como fator contribuinte, seguido por fatores psicológicos (34,3%) e questões operacionais (9%).
O histórico de acidentes inclui casos notáveis, como o pouso forçado do avião que transportava os apresentadores Luciano Huck e Angélica em 2015, e o recente acidente que envolveu o médico Ramiro Pereira de Matos. A investigação da Aeronáutica e da Polícia Civil segue para determinar as causas e responsabilidades, com foco na implementação de medidas preventivas para evitar novas tragédias no estado.
