Campo Grande 00:00:00 Sábado, 31 de Maio de 2025


Legislativo Quinta-feira, 29 de Maio de 2025, 09:21 - A | A

Quinta-feira, 29 de Maio de 2025, 09h:21 - A | A

Conscientização

Maio Laranja expõe fragilidade no combate ao abuso infantil em Mato Grosso do Sul

Presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares alerta para subnotificação e cobra ações permanentes de enfrentamento

Vivianne Nunes
Capital News

O movimento Maio Laranja, voltado à conscientização sobre o abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, foi pauta da sessão desta quarta-feira (28) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS). Durante a tribuna, o presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares, Adriano Ferreira Vargas, fez um apelo por mais estrutura, integração entre órgãos e atenção contínua ao tema.

Segundo Vargas, 435 conselheiros tutelares atuam diariamente em silêncio no enfrentamento de uma realidade preocupante: Mato Grosso do Sul lidera o ranking nacional de violência contra crianças e adolescentes, de acordo com o Anuário da Violência. Ele denunciou a subnotificação dos casos como um dos principais desafios, o que impede o alcance de políticas eficazes.

“É preciso estrutura e integração entre diversos setores. A polícia, para investigações rápidas e eficazes. A saúde, para atendimento médico e psicológico especializado. A educação, para identificação precoce de sinais de abuso. A assistência social, para o acolhimento e suporte às vítimas e famílias”, defendeu. Vargas ainda alertou que o combate à violência não pode se restringir a campanhas pontuais, e sim envolver um compromisso permanente de toda a sociedade.

Durante a sessão, o deputado Lidio Lopes (Sem Partido) destacou o lançamento da Frente Interestadual de Mobilização Nacional Pró-Criança e Adolescentes (Fecriança) pela Unale. “Uma importante iniciativa, destinada a promover a conscientização e o debate sobre políticas de proteção”, disse.

Já o deputado Pedrossian Neto (PSD) reforçou que a sociedade precisa despertar para a gravidade da violência infantil, defendendo investimentos em educação e campanhas permanentes, especialmente no interior do Estado. “É preciso informar famílias, escolas e comunidades sobre os sinais de abuso e formas de prevenção”, concluiu.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS