Com 20 votos favoráveis, a Assembleia Legislativa aprovou nesta terça-feira (1º) o projeto que reconhece o Carnaval de Campo Grande como Patrimônio Imaterial e Cultural de Mato Grosso do Sul. A proposta, de autoria do deputado Junior Mochi (MDB), busca preservar a tradição popular que há décadas movimenta a capital, com impacto direto na cultura, economia e identidade da população.
A nova lei determina que a Fundação de Cultura do Estado será responsável por registrar oficialmente o Carnaval como patrimônio, garantindo sua valorização e continuidade. A proposta também homenageia nomes históricos como Mestre Goinha e ressalta o papel da LIENCA (Liga das Entidades Carnavalescas), responsável por manter viva a tradição dos desfiles das escolas de samba na capital.
Além dos desfiles, o projeto reconhece a força dos blocos de rua, como Cordão Valu, Capivara Blasé, Calcinha Molhada, Farofa com Dendê e Farofolia, que têm lotado a Esplanada Ferroviária com até 40 mil foliões. Para o deputado Pedro Kemp (PT), “o Carnaval é uma grande festa popular, movimenta a economia, gera renda e promove encontros nas ruas e nos clubes”.
A deputada Gláuce Jane (PT) também reforçou o valor cultural da festa e destacou a importância de se olhar para o Carnaval em todo o Estado. Dados da CDL apontam que o evento movimenta cerca de R$ 25 milhões por edição em Campo Grande, com mais de 150 mil pessoas participando dos festejos. A lei entra em vigor com a publicação no Diário Oficial.