O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu prorrogar por mais um ano o afastamento de Ronaldo Chadid do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul (TCE-MS). A medida começa a contar nesta quarta-feira (13), data da publicação da decisão do ministro Francisco Falcão. “Prorrogo as medidas cautelares impostas ao denunciado pelo prazo de 1 ano”, afirmou o relator.
Chadid foi alvo da operação Terceirização de Ouro, deflagrada pela Polícia Federal em dezembro de 2022. Antes disso, na fase Mineração de Ouro, realizada em junho de 2021, foram apreendidos R$ 889 mil em sua residência e R$ 729 mil no apartamento de sua assessora. Ambos respondem por lavagem de dinheiro.
A defesa de Chadid, feita pelo advogado Gustavo Badaró, alegou que “guardar dinheiro em mala não configura lavagem de dinheiro”, e que não pagar boletos no próprio nome não é crime. Já a advogada de Thaís Costa, Nara Nishizawa, afirmou que “a PF só encontrou o dinheiro porque arrombou a mala”, e que não há digitais da assessora no interior do objeto.
O Ministério Público Federal solicitou a prorrogação das medidas, justificando que o afastamento é necessário para preservar a imagem da Corte. “Persistem os motivos que deram causa à decretação das cautelares, notadamente o afastamento do denunciado do cargo”, apontou Falcão em sua decisão.
Outro conselheiro afastado na mesma operação, Waldir Neves, retornou ao cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, em maio deste ano. Já Iran Coelho das Neves segue afastado. “Aguardamos decisões do STF”, disse o advogado André Borges, que também representa Chadid.