A compra de equipamentos hospitalares que nunca chegaram ao destino voltou ao centro das atenções em Sidrolândia. A Justiça já havia determinado a entrega de uma ressonância magnética e uma autoclave, após constatar o descumprimento de um contrato de cerca de R$ 5,4 milhões firmado com a empresa fornecedora. Segundo o juiz responsável, atrasos podem ocorrer, “mas não quando ultrapassam qualquer limite razoável”.
Enquanto isso, o Ministério Público desencadeou a Operação Dirty Pix para apurar o desvio dos R$ 5,4 milhões repassados pelo Estado ao município. De acordo com o MPMS, “parte desse valor foi desviada pela Administração do Hospital, em conluio com a empresa fornecedora, a qual também pagou vantagens indevidas a vereadores do Município”. A ação investiga peculato, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Sidrolândia e Manaus, incluindo o hospital e residências de investigados. Entre os alvos estão o presidente da entidade hospitalar, Jacob Breure, e vereadores como Adavilton Brandão, que afirmou apenas que “é tudo do mandato passado” após ter o celular apreendido. Também foram citados parlamentares e ex-parlamentares de diferentes partidos.
A Câmara Municipal informou que não recebeu notificação e disse que, “pelas informações preliminares”, a operação não tem relação com o mandato atual. O nome “Dirty Pix” faz referência às transferências financeiras consideradas ilícitas, feitas diretamente ou por terceiros aos envolvidos no esquema.
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