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Judiciário Sábado, 16 de Agosto de 2025, 09:08 - A | A

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Letra de Médico

Justiça obriga Campo Grande a padronizar receitas do SUS

Proibição da “letra de médico” visa garantir a segurança dos pacientes do SUS e melhorar o atendimento

Viviane Freitas
Capital News

A expressão “letra de médico” é conhecida pela caligrafia difícil de entender. Em Campo Grande, a Justiça determinou que as prescrições médicas emitidas nas unidades da rede municipal sejam digitadas, beneficiando os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão responde a uma ação civil pública proposta em 2014 pela Defensoria Pública, que apontou o risco de atrasos e erros causados pela dificuldade de decodificação das receitas manuscritas.

Em novembro de 2023, a Justiça determinou que médicos da rede municipal devem fornecer receitas e pedidos de exames digitados e impressos, ou, em atendimentos emergenciais, escritos em letra de forma legível. Também obrigou a Prefeitura a fornecer equipamentos e materiais necessários para cumprir a medida. A administração municipal recorreu, mas o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul manteve a decisão.

A ação foi fundamentada na Lei Estadual 3.629/08, que exige receitas digitadas em Mato Grosso do Sul. A prefeitura alegava inconstitucionalidade da norma, mas o argumento foi rejeitado pela Justiça.

Além de Amarildo Cabral, defensor responsável pela ação, também atuaram os defensores Nilton Marcelo de Camargo e Marisa Nunes dos Santos Rodrigues.

Vale lembrar que, segundo o Código de Ética Médica, os profissionais são proibidos de emitir receitas ilegíveis, documentos assinados em branco ou sem identificação adequada.

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