Uma investigação do MPMS revelou fraudes em contratos públicos que envolvem as cidades de Terenos e Bonito, ambas ligadas ao empresário Genilton da Silva Moreira. As apurações apontam que ele articulava esquemas de corrupção por meio de empresas ligadas à sua família, com acesso antecipado a informações privilegiadas e influência direta nos processos licitatórios.
A atuação de Genilton foi detectada desde 2021, quando já participava das decisões técnicas sobre obras em Bonito, antes mesmo da abertura oficial das licitações. Conversas com servidores mostram que ele recebia planilhas e valores antecipadamente e orientava mudanças nos documentos. Em troca, investigados recebiam pagamentos por meio de transferências via PIX e dinheiro em espécie, segundo o MPMS.
O caso se intensificou com a Operação Águas Turvas, deflagrada em 2025, que cumpriu mandados de prisão e busca. A operação também identificou conexões com as cidades de Campo Grande e outras investigações em andamento, como as operações Velatus e Spotless, todas ligadas a fraudes semelhantes no setor público.
A defesa de Genilton afirma que ele ainda está tomando ciência das acusações e garantiu que irá apresentar todos os esclarecimentos no momento oportuno. A esposa dele, Nádia Lopes, também é investigada, mas responde em liberdade. As autoridades seguem apurando o envolvimento de outros servidores e empresários.
