O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PP), utilizou as redes sociais para manifestar solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão. Na publicação, classificou a decisão como “excessos” e defendeu que o processo seja ajustado “pelos freios e contrapesos da democracia”.
Em agosto, durante agenda internacional na Ásia, Riedel já havia se posicionado contra a prisão domiciliar de Bolsonaro, também imposta pelo STF, chamando a medida de “excesso judicial”. O tema voltou a ser abordado em evento recente de entrega de ambulâncias a aldeias do interior do Estado, quando o governador reforçou sua crítica ao que considera exageros do Judiciário.
Questionado sobre a possibilidade de anistia que pudesse beneficiar Bolsonaro, Riedel afirmou que não era o momento de discutir o assunto, já que o julgamento ainda está em andamento. “Se ele for absolvido, não há que se falar em excesso”, disse.
Com as declarações, o governador mantém sua aproximação política com o ex-presidente, intensificada nos últimos meses em meio a críticas ao “tarifaço” e em busca de alinhamento com setores da direita.
"Tenho insistido em que precisamos discutir o país real já há algum tempo! Essa responsabilidade é dos Três Poderes, que precisam realinhar suas prerrogativas para o que realmente importa ao povo brasileiro. Os excessos nunca foram solução para os problemas, por isso reafirmo minha solidariedade ao ex-presidente Jair Bolsonaro e espero que a decisão seja recalibrada pelos freios e contrapesos da democracia. O país precisa, com urgência, voltar à normalidade e à agenda que realmente interessa ao Brasil real", diz a nota.