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Polícia Terça-feira, 06 de Maio de 2025, 14:08 - A | A

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Juliano Varela

Quadrilha que furtou R$ 60 mil de associação em Campo Grande tinha mansões de luxo em São Paulo

Três suspeitos foram presos; grupo é investigado por movimentar mais de R$ 30 milhões em fraudes

Elaine Oliveira
Capital News

Os líderes da quadrilha suspeita de furtar cerca de R$ 60 mil da Associação Juliano Varela, em Campo Grande, levavam uma vida de luxo em um condomínio de alto padrão em São Paulo. A informação foi confirmada pelo delegado Pedro Henrique Cunha, da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras), responsável pela operação que prendeu três suspeitos na segunda-feira (5).

Segundo o delegado, os chefes do grupo possuíam seis casas de luxo no condomínio Ninho Verde 2, localizado em Pardinhos (SP). Em sites de venda de imóveis, mansões no residencial são anunciadas por valores entre R$ 500 mil e R$ 1,6 milhão. A estrutura do loteamento inclui dois clubes com padrão resort.

“Foram dois meses de investigação e mais de 300 páginas de inquérito. A associação Juliano Varela foi a única vítima em Mato Grosso do Sul, mas o grupo tem histórico de fraudes bancárias há mais de 20 anos”, afirmou o delegado. Nos últimos cinco anos, as movimentações financeiras suspeitas ligadas ao grupo ultrapassam R$ 30 milhões.

O furto ocorreu por meio de dispositivos eletrônicos e recursos de informática, utilizados pelos criminosos para acessar a conta bancária da Associação Juliano Varela — entidade filantrópica que atende crianças e adolescentes com deficiência intelectual em Campo Grande. O valor havia sido repassado por meio do Fundo Municipal de Saúde.

Durante a “Operação Juliano Varela”, foram expedidos 11 mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária. Três alvos foram localizados e detidos nas cidades paulistas de Botucatu, Diadema e São Paulo. Os demais continuam foragidos, mas estão sendo monitorados pelas autoridades.

Na ação, a polícia apreendeu celulares, notebooks, computadores e cartões de memória, todos compatíveis com os usados na prática dos crimes investigados. As investigações seguem em andamento.

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