O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) pediu que o ex-servidor da Casa Civil, Nivaldo Thiago Filho de Souza, seja levado a júri popular pela morte do pescador Carlos Américo Duarte, ocorrida em 1º de maio de 2021, após colisão entre embarcações no rio Miranda, a 203 km de Campo Grande.
Conforme a ação penal, o MP requer que Nivaldo seja pronunciado por homicídio doloso — quando há intenção de matar — e também por tentativa de homicídio contra Rosivaldo Barboza de Lima e Caê Duarte, que estavam na mesma embarcação da vítima. A decisão sobre o encaminhamento a júri popular está agora nas mãos da juíza Kelly Gaspar Duarte, da Vara Criminal de Aquidauana.
Durante a fase de instrução do processo, o promotor de Justiça João Meneghini Girelli destacou elementos que, segundo ele, sustentam a acusação. “Não restam dúvidas que o acusado consumiu bebida alcoólica, trafegava com sua lancha em alta velocidade, sem habilitação, matou a vítima Carlos Américo Duarte e tentou matar Rosivaldo Barboza de Lima e Caê Duarte”, afirmou no documento.
Ainda conforme o MP, o acusado confessou que havia ingerido bebida alcoólica, mas se recusou a fazer o teste do bafômetro. Após o acidente, ele foi encaminhado à delegacia, prestou depoimento e acabou liberado.
Apesar da gravidade do caso, Nivaldo Thiago só foi exonerado do cargo com salário de R$ 29,2 mil em julho de 2024, três anos após o acidente que resultou na morte do pescador. O processo agora aguarda a decisão da magistrada sobre o prosseguimento para o Tribunal do Júri.