O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um procedimento para investigar possíveis contaminações por agrotóxicos na Terra Indígena Guyraroka, localizada em Caarapó. A medida busca apurar relatos de intoxicação que estariam afetando diretamente a comunidade Guarani Kaiowá, que consome água de fontes naturais próximas a áreas de plantio.
Segundo o promotor Alexandre Estuqui Junior, responsável pelo caso, foram encaminhados ofícios a diversos órgãos, como a Polícia Militar Ambiental (PMA), Iagro, Imasul e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). O objetivo é verificar a legalidade da pulverização aérea de defensivos agrícolas e analisar a qualidade da água do Córrego Ypytã e de outras nascentes na região.
“O foco principal é proteger a saúde da população e o meio ambiente. Os indícios de resíduos tóxicos na água consumida pelos indígenas exigem atenção imediata e atuação coordenada dos órgãos competentes”, afirmou o promotor.
A Promotoria também solicitou informações da Câmara Municipal de Caarapó sobre a existência de alguma legislação específica que regulamente o uso de agrotóxicos e pulverização aérea na cidade. Todos os órgãos têm prazo de 15 dias úteis para responder.
O MPMS destaca que trata o caso como prioridade e lembra que denúncias de crimes ambientais podem ser registradas pela Ouvidoria no site https://ouvidoria.mpms.mp.br/, pelo telefone 127 ou diretamente na Promotoria de Justiça mais próxima.