O escrivão da Polícia Civil Márcio Rodrigues da Silva foi oficialmente afastado das funções após ser alvo da 2ª fase da Operação Grilagem de Papel, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) no município de Coxim, a 253 quilômetros de Campo Grande. A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira (2).
A portaria determina o recolhimento da arma de fogo, carteira funcional e demais itens públicos utilizados pelo policial, além da suspensão de senhas e logins nos sistemas de dados da corporação, como o SIGO e INFOSEG. Também foram suspensas eventuais férias que estivessem programadas. O afastamento passou a valer a partir da data do cumprimento do mandado de prisão, em 27 de maio de 2025.
Assinada pelo corregedor Clever José Fonte, a determinação foi encaminhada a diversos órgãos e departamentos da Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul (Sejusp), incluindo o Departamento-Geral da Polícia Civil (DGPC), Divisão de Recursos Humanos e demais unidades envolvidas.
Durante a operação, foram apreendidos celulares e documentos relacionados à regularização fundiária urbana (Reurb) e à transferência de imóveis por meios irregulares. Segundo o site Edição MS, além do escrivão, também foram presos dois ex-servidores municipais e uma quarta pessoa ainda não identificada.
A investigação conduzida pelo Gaeco apura possíveis crimes como grilagem de terras, falsificação de documentos públicos, corrupção e associação criminosa, envolvendo servidores públicos e agentes externos. As fraudes teriam como foco a obtenção ilegal de propriedades urbanas por meio de processos simulados de regularização fundiária.
