Dois homens, de 35 e 37 anos, foram condenados pela 3ª Vara Federal de Campo Grande a penas que somam 13 anos de reclusão em regime semiaberto, por envolvimento no furto de mais de R$ 700 mil de uma agência bancária em Aquidauana, a 139 km da Capital.
O crime aconteceu na madrugada entre os dias 2 e 3 de outubro de 2021, um fim de semana, e foi descoberto apenas na segunda-feira (4), por uma funcionária da limpeza. Os réus, que atuavam como técnicos de segurança, usaram seus conhecimentos para invadir a agência pelos fundos, onde não havia câmeras de vigilância, e romperam uma janela de vidro temperado. Depois, conseguiram furar a lateral do cofre, desativar o sistema de alarme e fugir por um terreno baldio ao lado do prédio.
O prejuízo exato foi de R$ 701.403,21. Parte do valor foi utilizado pelos criminosos para adquirir bens. Um deles, de 37 anos, comprou um apartamento no bairro Coophavila II, em Campo Grande. O outro adquiriu um carro, mas o registrou em nome do irmão para despistar as autoridades.
Durante as investigações conduzidas pela Polícia Federal, a dupla foi presa pela Polícia Civil ao participar de outro assalto a banco, desta vez em Campo Grande, ocorrido em abril de 2022.
O Ministério Público Federal (MPF) acusou os dois por furto qualificado durante o repouso noturno, com destruição de obstáculos e concurso de pessoas, além do crime de lavagem de dinheiro. A defesa tentava limitar a condenação apenas ao furto, mas o juiz federal substituto Felipe Alves Tavares considerou as provas “robustas” e manteve todas as acusações.
O réu de 37 anos foi sentenciado a sete anos e dois meses de prisão, enquanto o comparsa recebeu pena de seis anos e 15 dias. Ambos também foram condenados a restituir o valor furtado e entregar à Justiça os bens adquiridos com o dinheiro do crime — o apartamento e o carro.
A sentença ainda cabe recurso.