O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu um inquérito civil para apurar responsabilidades após o desmatamento de 92 hectares de vegetação nativa do Cerrado em uma fazenda localizada em Bandeirantes, a cerca de 70 km de Campo Grande. A área afetada equivale a 128 campos de futebol e foi identificada por meio de alertas de satélite, sendo confirmada em vistoria técnica do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul).
A supressão da vegetação foi realizada em corte raso e sem autorização ambiental, configurando infração grave. O proprietário da fazenda recebeu multa de R$ 92 mil, teve suas atividades suspensas e a área embargada. Além disso, foi notificado a apresentar defesa, elaborar um plano de manejo do solo e da água, e cumprir exigências legais relacionadas à compensação ambiental e reposição florestal.
Como não apresentou defesa dentro do prazo estipulado, o proprietário foi declarado revel pelo Imasul. O MP requisitou ainda uma série de documentos, como o Cadastro Ambiental Rural, o Programa de Regularização Ambiental, o Plano de Recuperação de Área Degradada (Prada), a matrícula atualizada do imóvel e informações sobre outras atividades sujeitas a licenciamento ambiental.
O caso também foi encaminhado ao Núcleo de Geotecnologias (Nugeo), e o proprietário recebeu orientação para firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o objetivo de regularizar a situação. A investigação poderá resultar em medidas judiciais, administrativas ou consensuais, buscando responsabilizar o infrator e promover a recuperação da área degradada, protegendo o Cerrado e sua biodiversidade.
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