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Meio Ambiente Sábado, 29 de Agosto de 2009, 07:51 - A | A

Sábado, 29 de Agosto de 2009, 07h:51 - A | A

Nova pesquisa aponta que MT é Estado onde mata devastada demora mais para se recompor

Da Redação (ME) - (www.capitalnews.com.br)

Novo levantamento sobre o desmatamento provocado na Amazônia coloca o vizinho Mato Grosso novamente em situação delicada. O CRA/Inpe (Centro Regional da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) apresentou os dados na sexta-feira, 28, e são relacionados à vegetação secundária – aquela que cresce depois que uma mata nativa é derrubada ou queimada.

O trabalho é inédito e, conforme o mapeamento, aponta que 20% (considerado bom) das áreas sofreram corte raso na Amazônia Legal já estão em processo de regeneração. O levantamento é sobre Mato Grosso, Pará e Amapá e diz respeito à recuperação das matas após desflorestamentos em 2007. Mato Grosso é o Estado que menos contribui para o índice.

Do total de 201.798 quilômetros quadrados desflorestados no Mato Grosso, 22.611,38 Km² (ou 11%) estão em processo de regeneração.

Enquanto isso, um Estado maior, o Pará, com mais áreas de Amazônia legal que nosso vizinho, está em situação bem melhor. As pesquisas revelam que dos 233.399 km² desflorestados no Pará em 2007, 51.406 km² já estão em processo de regeneração. Ou seja, em 22% das áreas anteriormente desmatadas naquela Unidade da Federação, a floresta já reavivou o suficiente para ser vistas via satélite.

Conforme o Inpe, uma visualização de tal forma, demora cerca de dois ou três anos, então, Mato Grosso estaria ainda um ano atrasado.

Num Estado menor que Mato Grosso, mas, com maior parcela de Amazônia Legal, o Amapá, o estudo mostra percentual de regeneração de 25%, mais que o dobro que o nosso vizinho.

No Estado do extremo norte brasileiro, foram encontrados 619,77 Km² de vegetação secundária ante os 2.440,30 Km² desflorestados.

A partir de agora, este levantamento será anual. Conforme o Inpe, “os pesquisadores precisam saber o quanto de carbono se fixa a partir da regeneração da floresta secundária e o quanto se perde após um novo corte, visto que ciclo da agricultura e pecuária na região utiliza a recuperação e derrubada dessas áreas”.
Os mapas são baseados em imagens de satélites. O monitoramento do desmatamento na Amazônia Legal feito pelo Inpe é reconhecido internacionalmente. Com 20 anos de história, o Prodes (Programa de Desmatamento) é considerado o maior programa de acompanhamento de florestas do mundo, por cobrir 4 milhões de Km² todos os anos.

Pois é...

Já pedindo desculpas pelos trocadilhos, mas, não que queiramos “puxar a sardinha para o nosso lado” ou que estejamos “chorando pelo leite derramado”, todavia, é difícil entender como um Estado campeão em desmatamento vence a disputa pela Copa do Mundo como sede pantaneira, ou seja, que representaria a exuberância do meio ambiente? Mas – pedindo desculpas novamente –, já “são águas passadas”.

Por: Da Redação (ME) - (www.capitalnews.com.br)

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