Uma comissão composta por representantes de organizações sociais, do Conselho Municipal de Meio Ambiente e por técnicos da empresa Águas Guariroba S/A e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semades) reuniu-se hoje com o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Edil Albuquerque (PMDB), e com os membros da Comissão de Meio Ambiente da Casa - vereadores Marcelo Bluma (PV), Thais Helena (PT) e Maria Emília Sulzer (PMDB) - a quem entregaram um documento no qual pedem providências contra o cultivo de eucaliptos na nascente do córrego Guariroba.
O grupo sustenta que as nascentes que compõe a Bacia do Guariroba estão sendo degradas com o cultivo e o uso de veneno para secar o mato, e também com o desmatamento da região. A preocupação é que o cultivo do eucalipto na região leve à escassez de água visto que o sistema Guariroba é responsável por 54% do abastecimento da capital. O
eucalipto, originário da Austrália, se desenvolve bem no Brasil. No entanto, o seu monocultivo gera apenas um emprego para cada 187 hectares plantados (a agricultura familiar gera um emprego a cada 9 hectares). Cada planta consome em média, na fase de crescimento, 30 litros de água por dia. Em um hectare pode-se plantar mil e seiscentas árvores, o que gera um consumo de 48 mil litros de água por dia por hectare, configurando-se em uma planta que seca rios e compromete fontes de água subterrânea.
No documento entregue hoje a Edil e Bluma (e mais cedo ao Ministério Público) o grupo pede que sejam tomadas providências, bem como que sejam identificados os responsáveis pelo cultivo. Participaram da reunião Haroldo Martins Borralho (Cedampo), Roberto Carlos de Oliveira (CPT), Maria Rita Barcelos Giraldelli (ABCCON-MS), Lisandro Roberto Jesus Onorio (vice-presidente do CMMA), Antonia Maria dos Santos Costa (MMC), Eduardo Romero (Associação Bálsamo) e Paulo Ângelo de Souza (CDDH). (Fonte - Assessoria de Imprensa da Câmara Municipal)
Campo Grande 00:00:00 Domingo, 05 de Outubro de 2025
