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Interior Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009, 10:12 - A | A

Terça-feira, 17 de Fevereiro de 2009, 10h:12 - A | A

MP dá cinco dias para gestores da Saúde se pronunciarem

Da Redação (LM)

O Ministério Público Federal (MPF) iniciou ontem um processo de investigação das mortes ocorridas em 2008, de pacientes que foram socorridos no Hospital de Urgência e Trauma (HUT), mas que teriam morrido em decorrência da falta de neurocirurgiões e Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

A denúncia de que teriam ocorrido aproximadamente 190 mortes nestas condições no HUT, foi feita pelo presidente do Conselho Municipal de Saúde, Wilson Cezar Medeiros e, segundo ele, como o HUT não tinha o corpo clínico disponível para atender os casos graves de politraumatismo, provocados principalmente por acidentes, os pacientes eram encaminhados para Santa Casa em Campo Grande e acabavam morrendo por causa da superlotação do hospital.

Em junho de 2008 as mortes teriam se intensificado, porque o Hospital Evangélico (HE), que tem todo o suporte de alta complexidade, teria suspendido parceria com a prefeitura por falta de negociações.

O processo de investigação foi aberto pelo procurador da República Raphael Otavio Bueno Santos, que deseja saber as circunstâncias em que ocorreram as mortes, como: a atual situação do funcionamento do atendimento hospitalar de média e alta complexidade no município e na macrorregião de Dourados e a nova estrutura hospitalar que estaria sendo implementada pelo município, com a proposta de gerenciamento do HUT e Hospital da Mulher pelo Hospital Evangélico.

O procurador pediu informações e esclarecimentos ao secretário municipal de saúde de Dourados, ao secretário estadual de saúde do Estado, ao secretário de atenção à saúde do Ministério da Saúde, ao diretor do Hospital Evangélico e ao presidente do Conselho Municipal de Saúde. A partir do recebimento das comunicações eles têm cinco dias úteis para se pronunciarem a respeito da situação.

Prefeitura

A Assessoria de Imprensa da Prefeitura informou que o prefeito Ari Artuzi (PDT) aprova a investigação do MPF por considerar que houve uma omissão do município com relação a saúde pública em 2008. De acordo com o secretário de Comunicação, Eleandro Passaia, “isto mostra a necessidade da Prefeitura concretizar logo a parceria com o HE, que tem toda a estrutura de alta complexidade para atender os casos graves”. Ele informou que a Procuradoria do Município está providenciando a resposta para o MPF.

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