Apesar dos protestos e das denúncias a respeito do abandono de menores indígenas em Ponta Porã, até o momento nem o Conselho Tutelar, nem a Promotoria de Justiça da Criança e do Adolescente tomou qualquer providência para resolver o problema. São crianças – meninos e meninas – com idades entre 5 e 15 anos que passam a noite perambulando pelas ruas.
Durante o dia eles dormem, onde é possível, para se refazerem das ‘noitadas’ em claro, nas quais se dedicam, segundo comerciantes da Rua Marechal Floriano, a pequenos furtos para troca por entorpecentes nas ‘bocas-de-fumo’ que funcionam bem próximo à linha internacional, na cidade de Pedro Juan Caballero (Paraguai).
Ontem, por exemplo, foi grande a indignação de comerciantes da Avenida Brasil com o descaso do Conselho Tutelar e da Secretaria Municipal de Ação Social de Ponta Porã, em relação aos menores indígenas, que estavam dormindo nos canteiros de plantas da Delegacia Estadual de Fazenda, em frente à agência dos Correios.
Apesar das ligações que teriam feito aos dois órgãos, ninguém apareceu para resolver o problema, que já começa a irritar quem observa o quadro de abandono das crianças. “Quando aparece algum conselheiro, acorda as crianças e manda elas irem embora, só fica nisso”, afirmaram populares que observavam a cena. Eles acham que algo está errado na história. (Mercosul News)