O Ministério Público Estadual iniciou investigações sobre a falta de acessibilidade nos ônibus do transporte coletivo da Capital.
De acordo com alguns cadeirantes os elevadores “vivem emperrando” impossibilitando o embarque dos passageiros, atitudes que estão fora do determinado na lei que prevê a adaptação da frota para atender a esses usuários.
A promotora Jaceguara Dantas da Silva Passos, responsável pela 67ª Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos, afirmou que “houve reclamação de que os ônibus coletivos necessitam de reparos, reformas e que alguns elevadores teriam dado problemas com a pessoa caindo e se machucando”.
Usuária freqüente do transporte público na capital, a moradora do Jardim Aero Rancho, Raquel de Lima, conta que diariamente enfrenta dificuldades para levar o filho de 15 anos que sofre de paralisia cerebral às sessões de fisioterapia.
“Cansei de reclamar dos ônibus com elevadores quebrados por falta de manutenção. Os motoristas olham pra gente e dizem que nada podem fazer”, destacou.
Raquel desabafa e diz que a questão do espaço reservado para os cadeirantes é outro ponto que deveria ser revisto pelo poder público, visto que, em muitos casos mães usam o espaço para colocar o carrinho com bebês.
“O espaço é exclusivo para cadeirantes, essas mães deveriam levar os filhos no colo”, ressalta.
Segundo 67ª Promotoria de Justiça dos Direitos Humanos agora que as denúncias foram formalizadas, será solicitada uma vistoria em todos os ônibus. Caso encontrada alguma irregularidade no atendimento aos cadeirantes, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) será pedido pelo órgão.
Jaceguara Dantas ressaltou que “se efetivamente for necessário, vamos pautar nossa ação pela razoabilidade, intervindo para que estas equações sejam feitas no menor espaço de tempo possível”.
