A conta de energia elétrica vai pesar ainda mais no bolso dos brasileiros a partir de agosto. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que o mês será marcado pela ativação da bandeira vermelha patamar 2 — o nível mais caro do sistema de bandeiras tarifárias.
Na prática, isso representa um acréscimo de R$ 7,87 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. O motivo, segundo a Aneel, é o volume de chuvas abaixo da média, que reduziu os níveis dos reservatórios das hidrelétricas e exigiu o acionamento de usinas termelétricas, que têm custo de geração mais alto.
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias foi desenvolvido para refletir os custos variáveis da produção de energia elétrica e indicar ao consumidor, mês a mês, a situação da geração no País. Fatores como estiagem, uso de fontes renováveis e a necessidade de ativar termelétricas influenciam diretamente na definição da cor da bandeira — verde, amarela ou vermelha em dois patamares.
Apesar do impacto, a agência reguladora argumenta que a medida também serve como sinal de alerta. “O sistema facilita que o consumidor tenha mais controle da conta de energia, podendo adaptar o seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, afirma a Aneel.
Com a previsão de menos chuvas e maior custo na geração de energia, a recomendação é redobrar os cuidados para evitar desperdícios e manter o consumo sob controle.