Arturo Llavallol, produtor agropecuário e referência argentina em pecuária de corte, que atua em diversas entidades como Instituto de Promoção da Carne Argentina (IPCVA), Sociedade Rural da Argentina (SRA), entre outros, foi o primeiro palestrante do dia, no 22º Encontro de Tecnologias, com o tema Relacionamentos-fazendeiros e indústria frigorífica argentina.
Llavallol apresentou o perfil da classe produtora argentina, que é formada por pequenos e médios produtores, sendo que 2% deles detêm 30% do rebanho. Também mostrou as deficiências do sistema de comercialização, como os custos de transação elevados de pequena escala, os custos de intermediação e a falta de garantias na venda direta.
Na Argentina, existe cerca de 500 estabelecimentos qualificados para o abate de bovinos, porém existe uma diferença de tamanho entre eles e uma heterogeneidade no que diz respeito às capacidades operacionais (câmaras frias e habilitação para tráfego federal). Sem contar demais deficiências, como o baixo investimento em plantas novas, o que faz o consumidor perder qualidade e preços melhores.
Por isso, precisamos melhorar a produtividade nas fases de criação, de engorda e reprodução, reduzir os custos de intermediação e melhorar os processos de integração, enfatiza Llavallol.
Isso mostra que Brasil e Argentina têm problemas parecidos e os produtores de ambos os países precisam se envolver mais com a comercialização, pois é uma luta de interesses, disse Llavallol. Produzimos alimento, a humanidade precisa consumir o que produzimos, por isso, sempre teremos demanda, conclui o palestrante. (Fonte: Acrissul)
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