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Esporte Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014, 09:12 - A | A

Quarta-feira, 29 de Outubro de 2014, 09h:12 - A | A

Artigo: Rio Brilhante é o foco das atenções dos futebolistas do Estado

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O descaso das autoridades da Capital para tentar recuperar os dois principais estádios da cidade, vai a passos largos contribuindo para que a modalidade cada vez mais caia no esquecimento e com isso, afugentando os poucos torcedores que ainda compareciam ao Morenão e as Moreninhas.

O descaso feito ao futebol da Capital é pela Câmara Municipal, que tem uma comissão de vereadores, para resolver os problemas do esporte de forma geral. Mas, nesse caso,  o assunto em pauta é o futebol. Além da Câmara, a própria Prefeitura, que apenas assumiu o estádio das Moreninhas e só! Não fez mais nada que pudesse alavancar a modalidade.

As autoridades do município assistem passivamente o tombamento prematuro do estádio das Moreninhas. Fala-se apenas em orçamentos e nada de mais concreto.

O Governo do Estado também tem a sua parcela de culpa e de braços cruzados assiste a luta por parte de uns abnegados que tentam manter a modalidade viva.

No âmbito nacional, os senadores e deputados federais que poderiam intervir a respeito do Morenão, também se calam e cruzam os braços. Em Brasília, os representantes do Estado que também foram eleitos pelo voto dos futebolisas, não movem uma palha para solucionar o problema do Estádio Moreão que  está interditado pelo Ministério Público Estadual (MPE), há mais de um mes sem previsão de reabertura.

Depois vêm os espertos cobrando mais qualidade no futebol citadino.

O mais interessante é que, quando tem uma atração no futebol nacional, uma partida de vulto, eles são os primeiros, são os preferenciais a sentarem-se nas limpas cadeiras, - que  no dia seguinte estarão sujas-  para assisterem ao jogo

Hoje, o foco dos holofotes está voltado a cidade de Rio Brilhante, distante da Capital a 150 quilômetros, onde serão realizados os dois jogos válidos pela fase semifinal do Estadual da Série B, que serão disputados no Estádio do Águia Negra, conhecido como “Ninho da Águia”.

Por dois dias, a cidade terá parte da economia impulsionada pelo futebol do Estado que, ainda carente, consegue com esforços dos dirigentes alavancarem a modalidade que insiste em se manter viva, apesar dos comentários negativos por parte de centenas de pessoas.

De sexta-feira (30), até sábado (1º), Rio Brilhante receberá as delegações das quatro equipes semifinalistas: Operário, Guaicurus, Corumbaense e SERC Chapadão, totalizando aproximadamente 140 pessoas. Além das delegações das equipes, a cidade hospedará ainda, os árbitros, dirigentes da FFMS e os jornalistas, um total de aproximadamente 200 pessoas que se hospedarão e também se alimentarão nos restaurantes da cidade.

Caso a Capital do Estado tivesse estádios capazes de sediar jogos ainda que de “pequena envergadura”, em momento de crise financeira, as hospedagens e as alimentações poderiam ser aqui. No entanto, as autoridades continuam ignorando o futebol como um dos principais meios de ressocialização, uma das atividades capaz de efetivamente tirar as crianças das ruas e ainda que pouco, mas ajudar a alavancar a economia de Campo Grande.

No entanto, o futebol é reconhecidamente aqui na Capital, apontado como a “ovelha negra” nas modalidades esportivas, mas mesmo moribundo o futebol do Estado ainda respira e a cada dificuldade por ele encontrada, duplica o número dos seus talvez não torcedores, mas sim simpatizantes que ainda acredita na ressurreição do chamado esporte bretão em Campo Grande.

Mesmo sem o devido apoio por parte das autoridades acima citadas, os abnegados no caso, dirigentes dos clubes da Capital e os da Federação de Futebol, correm de forma incansável para que a modalidade não seja definitivamente sepultada.

Gilson Giordano, jornalista e locutor esportivo

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