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Economia Terça-feira, 04 de Setembro de 2018, 09:33 - A | A

Terça-feira, 04 de Setembro de 2018, 09h:33 - A | A

COMPENSAÇÃO

Redução do ICMS no diesel ameniza impacto do reajuste da Petrobras, diz Sinpetro-MS

Para o órgão, o impacto do reajuste seria desastroso para a economia do MS, principalmente para o setor produtivo

Flávio Veras
Capital News

Anderson Ramos/Capital News

Redução do ICMS no diesel ameniza impacto do reajuste da Petrobras, diz Sinpetro-MS

Valor do diesel comum subiu 7,7%, de R$ 3,38 para R$ 3,64, em média

O impacto do reajuste no preço do diesel, anunciado na última sexta-feira (31.8) pela Petrobras, seria “desastroso para a economia estadual". Porém, uma medida do Governo do Estado reduziu a alíquota de ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) do combustível de 17% para 12%. Segundo cálculo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência (Sinpetro/MS), o preço nas bombas dos postos estaduais teria um acréscimo de cerca de 18 centavos por litro, além dos 13% de majoração das refinarias.

 

“Se não tivesse essa redução na alíquota, seria desastroso para a economia do Estado esse reajuste da Petrobras feito nesse momento”, avalia o gerente executivo do Sinpetro, Edson Lazaroto. De acordo com o órgão, o cálculo é feito considerando o percentual antigo e atual da alíquota do ICMS sobre o Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF), em vigor desde o dia 1º de setembro (R$ 3,5989 para o diesel S-10 e R$ 3,4862 para o comum).

 

“Para os dois tipos de diesel, a economia é, em média, de 18 centavos por litro. Seria muito maior o impacto para o consumidor, para o agronegócio, para todo setor de transporte”, reforçou. 

 

A redução na alíquota do ICMS, de 17% para 12%, está em vigor desde junho, como parte do compromisso assumido pelo atual governo com os setores produtivo e de transporte após a paralisação dos caminhoneiros.

 

O presidente do Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam/MS), Osny Carlos Bellinatti, também acredita que a medida do Governo do Estado é fundamental para minimizar os impactos do reajuste feito em todo país pela Petrobras, de 13%. “O Executivo Estadual fez a parte dele. Com essa redução na alíquota do ICMS a gente consegue pelo menos amenizar o aumento da Petrobrás para os custos do caminhoneiro”, avaliou.

 

Nas bombas

O caminhoneiro Rodrigo de Bortoli, de 26 anos, diz que a medida do governo estadual é importante para o setor. “Faz uma boa diferença para gente, na hora de abastecer”, revelou.

 

Caminhoneiro há mais de 30 anos, Mario Motrezeol, de 52 anos, conta que o reajuste pesou no bolso e não era esperado pelos profissionais. “Subiu uns 20 centavos o litro. Para gente, que abastece todos os dias pelo menos uns 200 litros, é um aumento muito significativo. Já estão falando em greve de novo, mas acho que esse não é o momento”, frisou.

 

 

Em dois postos, localizados na região de saída para São Paulo, com grande fluxo de caminhoneiros, a reportagem apurou que, com o reajuste aplicado pela Petrobras, o valor do diesel comum subiu 7,7%, de R$ 3,38 para R$ 3,64, já o S-10 passou de R$ 3,48 para R$ 3,74 (7,4%).

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